quinta-feira, 14 de junho de 2012

A Politica dos Bastidores - Seria o dilúvio?

Política dos Bastidores
Por Miguel Samuel de Araujo


Seria o dilúvio?

Anuncia-se pelos quatro cantos que no domingo, dia 17, um fato irá abalar todas as estruturas dessa terra de José Paulino. Nesse dia, tudo será definido para o processo da disputa pelo poder local. A ênfase que se dá ao episódio anunciado, parece o alerta de Noé que no final de sua campanha, ficou na arca só com os familiares e os casais das espécies que conseguiu capturar. O aguaceiro encobriu a terra, a arca com quem estava dentro boiou na superfície e depois baixou. Os abutres sobreviventes logo devoram os cadáveres que ficaram expostos ao sol e o mundo foi reorganizado.


As convenções
Quem conhece o estilo Moura de fazer política, com alardes repetidos continuadamente pelos seus, já prevê de como poderá ser a Convenção do PMDB, que irá anunciar a candidatura do ex- prefeito Edson Moura para tentar voltar ao comando do Palácio 28 de Fevereiro.


Estratégia
A barulheira toda e as especulações das mais esquisitas já ouvidas, correm a solta no meio político que se forma pelos bares , pontos de café e balcões de padarias. Sendo assim, há de se esperar por mais um desfecho factoidiano para dar o impulso que a campanha do grupo liderado por Moura precisa para amenizar o impacto dessa história de Ficha Limpa, uma lei em vigor, que impede candidaturas de políticos condenados por órgãos colegiados.


As chapas
Pelo visto, a exemplo de eleições anteriores, a cidade de Paulínia terá cerca de 300 candidatos a vereador na largada no processo, com aproximadamente 30% desses disputando para valer as 15 cadeiras da Câmara na próxima legislatura. A saber, a maioria está no jogo com o importante papel de reforçar a legenda e mais adiante ocupar espaço no governo.


As contas
Ainda de acordo com os observadores de plantão, há uma curiosidade quanto aos números por que a cidade tem pouco mais de 80 mil habitantes e mais de 50 mil eleitores. Se tivermos algo em torno de 300 candidatos, a proporção candidato/eleitor é muito baixa, o que sugere uma acirrada disputa pelos votos. Isso levando em consideração que o coeficiente eleitoral estará na marca dos 4 mil votos.


As sondagens
Sempre quem faz festa com os resultados das pesquisas é quem está na frente, e em Paulínia não fugiu dessa regra a ponto de o jornal que publicou os resultados foi distribuído pelo cidade toda, sendo que normalmente ele é vendido nas bancas. Agora, pela nossa avaliação, podemos considerar que pela margem de erro e pelo número de indecisos , a eleição ainda está aberta. Um novo cenário poderá ser desenhado a partir de julho quando a campanha começar, dependendo de como irão reagir os comandos das campanhas por causa do efeito Ficha Limpa. Logo, podemos antecipar que o processo de disputas estará estribado nas estruturas jurídicas de cada candidatura.


Experiência de Jacó
Certos de que o carteado será forte, os caciques das lutas antigas buscam rearticular velhos parceiros e nem sempre logram êxitos nas empreitadas. Um exemplo disso, aconteceu com o aposentado Carlos Roberto Caetano, popularíssimo Jacó, fundador e integrantes de todas diretorias do PMDB na cidade. Ele foi posto para fora do diretório do PMDB, quando a nova composição presidida por Danilo Garcia assumiu. Ninguém o procurou para dar satisfação. Recentemente ele foi procurado por um emissário de Moura que tentou levá-lo de novo ao grupo e recusou o convite.


Grupo dos autênticos
Jacó é do tempo em que o PMDB de Paulínia era um grupo forte com democracia interna e com decisões coletivas respeitadas. Com o tempo, Edson Moura tomou conta e tudo passou a ser de acordo com sua a vontade. Moura se viu derrotado dentro do PMDB em 1996 quando contra a vontade dele, o partido escolheu Dude Vedovello, como candidato a prefeito.


Filme caro
O Tribunal de Contas do Estado, o TCE, aponta que o Pólo Cinematográfico de Paulínia custou o dobro que deveria custar, por conta de uma Parceria Pública e Privada (PPP) com a empresa Estúdio Quanta. Se não houvesse a PPP, o projeto custaria R$ 142 milhões e não R$342 milhões, como aconteceu. Os custos com o Pólo e todo o processo relacionado com a indústria do cinema tem gerado muita polêmica há muito tempo, aliás, desde quando Moura mandou construir a réplica da Menina de Ouro na entrada da cidade.


Filme da discórdia
No dia 23 de dezembro de 2008, no apagar das luzes da última gestão do ex-prefeito, foi aprovada na Câmara a criação da empresa Paulínia Filmes, com um capital de R$ 1 bilhão, sendo a prefeitura detentora de 51% das ações. Nesse caso, a prefeitura daria a nova empresa, R$ 1 bilhão em áreas públicas que seriam incorporada ao patrimônio da Paulínia Filmes. Pavan avaliou que a Paulínia Filmes seria inviável e brecou a ideia. Foi aí que o racha entre os dois começou a aparecer publicamente porque a empresa criada no apagar das luzes da gestão era o filé mignon para Edson Moura.


Para inglês ver



Ninguém entende muito direito, mas o estilo americanizado impõe crença aos seguidores ao longo dos tempos. Desde os anúncios de que as ideias ousadas trazem benefícios para todos até a exposição para convencer vereadores da legalidade de projetos. Have money



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