quarta-feira, 12 de agosto de 2015

O Limão pode azedar mais em Paulínia

Do limão a limonada

A população de Paulínia busca novos horizontes para o futuro. A partir de acontecimentos recentes e o prenúncio dos desdobramentos das decisões do Judiciário com certeza, será redirecionados os rumos do quadro político. É como um povo que se organiza a partir da guerra que ele mesmo provocou. O poder do voto exercido de forma legitima e livre outorgou o poder a eles, aos políticos- os responsáveis por acontecer tudo isso que vivemos em Paulínia


Não é o bem contra o mal


E que não venham justificar com a comparação entre as administrações Edson Moura e José Pavan Júnior.


É a batalha dos iguais


O quadro está muito distante de uma análise baseada na divinização de um e a demonização do outro, ou ainda, o endeusamento de um e a satanização do outro. Por muito tempo, um viveu escorado no outro

.
Capivara e a história


O movimento social por moradia, liderado por Marcos Antônio de Paula, o Capivara, nos remete ao túnel do tempo , porque nos faz lembrar os motivos da desapropriação da Fazenda Paraíso, ato administrativo do ex- prefeito Edson Moura que alavancou politicamente José Pavan Júnior, o que deixa muito claro os motivos da rivalidade entre ambos nos dias de hoje


De modos que


Ao receber uma comissão do movimento, o presidente da Câmara , Sandro Caprino e outros vereadores, asseguram a legitimidade e reconhece os motivos dos protestos que simbolicamente expõe as vísceras do quadro político da cidade, com a reprise em flash back das cenas vividas por dois grandes personagens da história da 
Ópera “ O luxo cercada pela miséria “


Magia do filme


Pelas lentes da memória, o protagonista e o co- protagonista foram vistos nas pessoas dos vereadores que se recusaram entrar na sala do presidente para receber as lideranças do movimento.
Para entender o ato
A simbologia dos atos mostram de forma sutil as mensagem transmitidas por aqueles que posam de muito certinhos discursando contra a presença de quem não é da cidade participando do ato e acusam os lideres de bandido, numa clara contradição em relação ao hino de Paulínia que começa com a frase: “ forasteiros que aqui comparem “..


Quem são os bandidos ?


Na verdade, a retórica dessa gente camufla a real da bandidagem com negócios de politica e terra, cujo modus operandi aos poucos se dissolve no tempo porque só os discursos não se sustentam. O povo já não se engana com palavras bonitas como aquelas das rezas em latim feitas pelos padres, que ajudavam os que tomavam as terras dos índios. É a história


Legítima rebeldia


O pensador americano Henry D. Thoreau lançou mão de um conceito de ação política bastante peculiar: a desobediência civil. Em termos mais simples, a desobediência consistiria na organização de atos pelos quais as pessoas simplesmente iam a público não cumprir uma determinada lei.


Desobediência organizada


É preciso que os políticos investidos em cargos ou funções públicas compreendam o sentido da rebeldia organizada, e deixem de ver o integrante do movimento social simplesmente como bandido, alguém que promove a desordem pura e tão somente.


Ordem e desordem 

Até porque aquilo que muitos insistem classificar como ordem , não é outra coisa que não seja um modelo que promove a desordem, na vida do povo que não tem moradia, atendimento médico, educação, emprego e abre precedentes para a roubalheira do que é público e a prática de outros tipos de corrupção e exclusão social.