Todos
nós em meio as obscenidades.
Uns só nas
pontas dos pés e outros até o pescoço, não escapa ninguém do cenário desenhado
por Mário Sergio Cortella na palestra “Basta
de Cidadania Obscena”, para uma plateia
formada por gente de todas as idades, classes sociais e profissões que lotou o
Theatro Paulo Gracindo, no dia 19 de
julho, como parte da programação do 7º Zap Fest que encerrou no dia seguinte em
noite de puro glamour marcada por apresentações artísticas e homenagens. O evento
começou no dia 18 com o Fórum de Desenvolvimento Econômico que reuniu
empreendedores da região.
Sob a mesma régua
A palestra
sob o tema “Chega de Cidadania Obscena” , é inspirada na obra do mesmo nome
escrita por Cortella e Marcelo Tass. O
texto remete o leitor a uma reflexão aos modos políticos e sociais das pessoas
no momento de muita liquidez da sociedade atual, onde impera a escassez de
coerência na relação entre discurso e prática. Desta forma, o ambiente de disputa
pelo poder se estriba no blá, blá ,blá da moralidade pública na mais deslavada incongruência. O momento
líquido marcado pelo avanço da tecnologia da informação submete a nossa cabeça
a um bombardeio de notícias, do qual muitos
se aproveitam para garantir interesses e nos impede de formar juízo.
Então, no livre pensar..
Certo e líquido mesmo, é que tudo se resume na
falsa moralidade para encobrir ou impedir que os princípios da eficiência e da
economicidade formem lastros entre governo e sociedade.
Sob uma cortina de fumaça
No
bombardeio das informações e tiroteio das disputas internas, vemos advogados e
outros membros do governo, como os dois personagens da obra de Jonhson
Spencer “Quem
mexeu no meu queijo “. Por ambição, eles perdem a guerra para dois camundongos,
há! há! há!.. Cansados, eles vivem sob
ameaças das ratazanas que gravitam livremente pelos corredores do Palácio. Bem
assim.
Em defesa da cidade
Em que pesem
as interpretações das metáforas ou analogias feitas aqui, há que se destacar
que acima de tudo estão os interesses e os direito da população. A cidade começa a organizar a engrenagem
administrativa e mesmo com a perturbação judicial vem dando respostas as
demandas. Claro que tem muito a fazer ,e muito mais o que fazer, se a sangria
for desatada de vez. A nosso ver, cabe ao servidor público que é comprometido e gente da sociedade organizada
o cuidado para não escapar pelos dedos o que se juntou nesse período com muito
trabalho
A casa em ordem
De acordo com a assessoria do prefeito Dixon Carvalho, a
cidade está praticamente fora da situação herdada no tratamento com credores, manutenção de
próprios públicos e situação dos servidores municipais. Agora, só eleger as prioridades
das ações, cuidar do andamento das obras e traçar o esboço do Plano Diretor,
que já está atrasado. Outro fator importante para o andamento das coisas, é o
bom entrosamento com a Câmara e opositores a partir de composições formais como
tem sido feito tradicionalmente.
Diferença entre fiapo de pena e pelo em ovo
Nem mesmo o
dito popular “procurar pelo em ovo” se encaixa na Comissão que apura as
responsabilidades dos 13 vereadores acusados de barganhar votos com o prefeito
por cargos na Prefeitura.. É que na
própria linguagem popular, esse episódio fez voar pena para todo lado e com
certeza, alguns fiapos ficaram grudados nos ovos, ovos de serpente botados nos
ninhos políticos. Os filhotes peçonhentos já foram controlados um a um e a
Comissão se esmera para concluir os
trabalhos de forma honrosa, para não ser horrorosa.
Não chegou a nada
Assessorado
por Mizael Marcelly, o presidente da Comissão, vereador Tiguila Paes ( PPS), esboçou
o plano de ação para colocar 13 dos 15 vereadores fora de seus mandados. Pelo que conseguimos
perceber, até o Ministério Público foi induzido. Na mais pura ausência de malícia que baliza os
egrégios órgãos, a promotoria publica
acenou para afastamento dos titulares e
posse de suplentes, sendo que dois desses foram para a Comissão que apura as
denúncias.
Contradição e desencontro
Acompanhamos
alguns depoimentos, o que foi o suficiente para compreender o sentidos das coisas. Vereadores jogaram as
cartas para o advogado da Comissão que se levantou em meio ao depoimento e
saiu.
Acusação desmontada
O advogado
foi lembrado de que ele estaria na reunião na qual foi discutida a indicação
das pessoas para os cargos do Executivo. Outro caso, foi a funcionária que desqualificou a
denúncia ao descaracterizar a condição
da nomeação dela, que era apontada como sendo acordo de troca de votos entre um
vereador e o prefeito.
Tudo
muito certinho
E a sociedade parece engolir que da parte dos
suplentes, há total imparcialidade. Pensam que esses estão sem interesse de tomar
as cadeiras dos vereadores atuais. Pode ser só uma analogia nossa, o tempo haverá
de mostrar.
Sobrou para muita gente
Que nos permita o trocadilho, mas que no final
das contas, o gosto amargo ficou na boca do Sargento Camargo, há! há! há!.. O
nome dele foi citado numa gravação , de
que ele estaria recebendo um dinheirinho
por fora para votar a favor do relatório, que pede a cassação dos titulares acusados de troca de votos na Câmara
por cargos na Prefeitura
Discurso da moral: espirrou e manchou tudo
O caldo do aspargo que assusta o Sargento
Camargo, espirra até no bolso traseiro das calças do vice- prefeito Sandro
Caprino e sobra para Marcelo Souza, outro suplente de vereador
comprometido com o voto para derrubar os 13 suplentes. Uma lama só. E agora vai
fazer o discurso da moralidade?
Tarefas postas
Passada essa
turbulência, foco da Administração, da Câmara e sociedade organizada, deve a
nosso ver, estar no Planejamento com a formulação de um Plano Diretor que contemple anseios e
necessidades. Esse processo dever ser realizado em discussão ampla com os
setores organizados e lideranças da cidade. Aí, deve estar o ponto de
grandeza do governo que herdou uma
cidade desarranjada em todos os sentidos.
Cidade Acessível
O Plano de
acessibilidade que estaria na proposta de mobilidade urbana já deveria ter sido
concluido. Com certeza será motivo de
exaltação ao Executivo por parte da comunidade, formada por milhares de pessoas com
deficiência e gente de mais idade.
Sem vistas grossas
Há que se
levar em conta que além de logradouros públicos, que nos quais idosos e pessoas com deficiência
padecem por falta de acessibilidade, tem as escolas da cidade, cuja rede de
ensino atende centenas de crianças com deficiência.
Mais entraves
Para somar aos percalços que a cidade vive, o período
eleitoral amarra um pouco o andamento de
contratações de obras e serviços que já estão no ritmo lento. Pelo que
observamos, mesmo assim as coisas ainda
caminham na normalidade. A máquina já vem com uma defasagem de pessoas, material
e equipamentos para atender o povo.
Falta avançar em conexões
Paulínia pode
dar um salto qualitativo no atendimento quando conseguir informatizar plenamente os
serviços para garantir agilidade e transparência nas ações. A cidade é muito
atrasada em tecnologia da Informação
O clima da campanha chegou
Paulínia já se
prepara para o clima eleitoral, inclusive com candidatos pouco conhecidos na
cidade que buscam os votos paulinenses e fortalecimentos de suas bases. Sanzio Rodrigues (MDB), Valdireny Mira (
PHS), Miriam Antunes ( Partido Novo) , Edna Della Nina (PT) , Marcelo D2 (
Pros) são candidatos a deputado estadual. William Rodrigues (PPL) , é candidato a
deputado federal. Em breve, essas lideranças estarão apresentando suas
propostas com distribuição de material para o eleitor paulinense.
Fausto Pinato
Entre os nomes pouco conhecido por aqui, o deputado
federal e candidato a reeleição pelo PP com base na região de Fernandópolis
tenta ampliar sua base com apoio de pessoas conhecidas. Em Paulínia, a
assessoria dele tem falado com vereadores e outras lideranças da cidade.