Política dos Bastidores
Por
Miguel Samuel de Araujo
Do outro lado do Paraíso, a novela da
Fazenda do homem...
De forma lenta, como a novela da Globo, cujo desfecho é aguardado com
suspense, no relatório de uma CEI ( Comissão Especial de Inquérito), encerrada
recentemente, a desapropriação feita pela Prefeitura de Paulínia, da fazenda de
uma família poderosa, é centro das
atenções de quem teve conhecimento do relatório final.
Falta clareza
O presidente
da Comissão, vereador Kiko Meschiatti (PRB), informa que não recebeu a
documentação completa do processo.Só que
depoimentos consistentes ,revelam pistas de uma trilha aberta com muita astúcia
numa mata serrada, é só prestar atenção no embaralhar e na distribuição das
cartas.
Só a ponta do Iceberg
A verdade é
que essa desapropriação da Fazenda
Paraíso, foi o precedente para muitas
outras que virão a seguir . Assim como quem pegou pista certa,
o novato vereador passou a esmiuçar
as coisas relacionado a um assunto rico em detalhes, o que torna o
desenrolar do episódio cercado de expectativas. Tomara que não caia no
esquecimento
Parece uma ficção. É a política
O meio
político e o povo em geral sabem por ouvir dizer, das história e causos acerca da desapropriação
da Fazenda Paraíso. Tem gente que até desconfia de mistérios , que vão além do
que estaria do outro lado do Paraíso, só não afirma com certeza por
falta de documentos. É uma novela
inspirada na realidade
Acendeu o estopim
Em programa
de rádio, o ex- prefeito Edson Moura revelou, ao então radialista Eduardo
Ribeiro, âncora do Programa “ A Cidade se Comunica “, os detalhes da transação.
No ar, a fala dele foi como uma bomba, cujo efeito do estrondo parece ter caído
no esquecimento do povo que hoje vive
seus efeitos
Para
registro
A CEI para
investigar possíveis irregularidades nas desapropriações de áreas de terra em
Paulínia, intimou empresários, donos de
terra e gente do governo. Nem todos compareceram para depor. Kiko mandou o
relatório para órgãos da Justiça para providências.
Um roteiro bem feito
Vai desde o processo que aponta a finalidade
da desapropriação com o devido destino, a avaliação da área de acordo com a
realidade do mercado e os desembolsos dos cofres públicos. Seria o garimpo das
esmeraldas, há! há! há!..Só os que acompanham tudo desde os tempos idos devem
se lembrar
Pouca gente lê e pensa
muito. Opinião formada
Ao contrário
do que pensam, nosso foco é um público específico, já tem quem distribui em sinaleiros e deixa a cidade forrada com suas publicações. O nosso público é restrito, são
os antenados no tempo e conectados com a atualidade da política. Assim, temos a liberdade para brincar com
metáforas e analogias, na certeza de que tem quem entende
Do
arco da Velha
No afã do cumprimento
com o dever, o vereador Tiguila Paes (PPS) , está na saia justa por
causa de umas declarações dadas por ele a Promotoria sobre umas conversas das
quais ele participou junto com colegas. Bateu fora do bumbo e a baqueta acertou
a testa de quem nem ele esperava. A partir de agora, até a pessoa quer ficar
longe dele.
São os fundamentos e pilares da demagogia
O filósofo
Sergio Cortella, alerta que o discurso
da ética e da moral requer postura e comportamento adequados. Do contrário, por
si só o palavrório fica insustentável. O pensador se fundamenta na mensagem de
Paulo, o apóstolo, que em uma de suas epístolas escreveu aos irmãos: tudo é lícito
e nem tudo me convém.
Sobre os preceitos constitucionais
Para compreender melhor, o debate político acerca
da obediência à legalidade, a gente vai nos princípios constitucionais que
cuidam de estabelecer o dever pelo zelo e do bem fazer nas coisas públicas.
Seriam princípios da economicidade e da eficiência, tudo bem claro enquanto a
máquina e estrutura pública foram para o sucateamento, e muita coisa foi feita sem o devido planejamento
estratégico, sem levar em conta a previsão de receita , o que levou a estrutura administrativas ao
estrangulamento
A gente passa só passa a visão
Logo nem tudo se resolve no momento, de uma
hora para a outra só invocando o
princípio da moralidade pública. Preocupa-nos, quando esse princípio é reclamado por quem
está firme tão somente no ânimo do poder,
pelo qual fazem de tudo só para abrir ou ampliar o espaço de seus negócios.
Trata-se de um importante debate. Na verdade, é um processo lento e demorado que requer sábias
costuras políticas e envolvimento de interesses , bem como , a seletividade e a
celeridade nas prioridades do povo que sofre muito com esse jogo pesado.
Operação delicada e seus remédios
Com o balizamento do bom direito, haveremos de destacar a lhaneza do Ministério
Público e do Poder Judiciário em contribuir para o reordenamento das coisas que são da sociedade , sempre muito
atentos a esse tipos de manobras orquestradas . Enquanto isso, o tempo passa e os opositores continuam
trepados nos palanques por falta de espaço no governo . Entre eles, tem até
quem esteve dentro e ajudou
É
a cantilena sempre
Eles nunca apresentam com clareza as suas
propostas de gestão pública para a sociedade, só apontam erros nos procedimentos
administrativos. É a lei, até ai, tudo
bem. Criticam os contratos por conta do insucesso nos seus negócios e quando é
do interesse, eles fogem do mérito da eficiência e da economia. Se for ver bem, o apelo da moralidade é mero
discurso de quem está sem palanque e por toda forma só quer o poder. Nada mais.
A firmeza dos Promotores
Foi a
intervenção do Ministério público que validou ações proativas, como a
construção do PCCV ( Plano de Cargos , Carreira e Vencimentos) que saiu bem
diferente do projeto feito às pressas pelo antecessor. Houve aí, o entendimento
da administração e Sindicato e o Plano foi construído por várias mãos. Entre
outros procedimentos, o Ministério Público está apurando casos de falta de
políticas claras no setor da Educação Inclusiva , o que exige medidas efetivas
para assegurar condições de ensino para crianças com deficiência.
Servidor deu show
O processo de construção do PCCV deixou em
evidência o papel do trabalhador do serviço público na vida administrativa da
cidade, bem a importância de um novo modelo de relação estribado no diálogo
maduro e harmonia na execução das ações de políticas públicas, da quais o
servidor do quadro de carreira é o protagonista.
Ociosidade dos elefantes brancos
Do mesmo
jeito que o ex- prefeito Edson Moura deixou sua marca como administrador das obras suntuosas,
grandiosas ou faraônicas, como são chamadas, o sucessor e ex- aliado de quem depois se tornou adversário, o também ex- prefeito José
Pavan Junior grava sua marca na história
da cidade, como o gestor que abandonou
os elefantes brancos , ou seja, ele deixou as obras e projetos de Moura sem
função. Tudo por conta da infantil rivalidade entre pessoas dos grupos
liderados pelos dois. Um personalismo doentio, marcado pelo ódio e ostentação de nomes. Uma alternância que se dava assim,
o Moura fazia e o Pavan destruia .
Nem o Tico e nem o Teco
Um quis ser mais do que o outro, foi-se o
período Moura e os tempos do Pavan. Sobrou para o povo, os escombros do Pavilhão de
Evento, do Sambódromo, dos portais, o
assoreamento do Parque das Flores, o abandono dos conjuntos poliesportivos, do Bosquinho,da
Lagoa do João Aranha, Mini- Pantanal entre outros próprios públicos em completo
estado de sucateamento, que chega a dar tristeza de ver.
Só observando
Nos painéis
instalados em vários pontos da cidade, onde por muito tempo a foto do
presidente do SD do Partido da Solidariedade ( SD), Mauro Torres foi estampada
com suas mensagens nas datas
comemorativas, agora, lê-se : Nova
Lumina,empresa da qual ele é
diretor. Torres explicou sua estratégia como um novo conceito para seus
negócios que se ampliam. Ele que teve participação destacada na última campanha, inclusive na união dos
candidatos Tuta Bosco e Palito, agora disse está só na observação dos
acontecimentos.
Um
cara resiliente
Não é por
acaso que ele é conhecido como Chico Vapor para uns e Vaca Brava para os mais
próximos. São apelidos que representam seus negócios em vaporização, consertos
e manutenção de tanques de caminhão. Só que Vaca Brava cai bem ao seu estilo de vida , um cara que
não mede esforços diante de qualquer obstáculo quando está em jogo no nome da
família. Esse é o Francisco Fernandes, o Chiquinho Vaca Brava
Os Ferrari em destaque
Na retaguarda está a tia Fátima que viu dois irmãos vereadores e o
sobrinho. De forma tranqüila, a família
marca presença na Política. O vereador Xandynho prepara o projeto que vai
homenagear o pai, Carlinhos, que por duas vezes foi vereador em Paulínia. Carlinhos, pessoa popular da
cidade, ligada às festas de rodeio e se orgulha do filho Xandynho, que segue firme no primeiro mandato. O tio, Aparecido Miguel Ferrari, o Loira
volta à Câmara depois de um ano fora e cumpre o segundo mandato. Na última
sessão, ele se posicionou contra o pedido de abertura de investigação contra o
prefeito Dixon Carvalho e criticou opositores do prefeito, que a seu ver
deveriam se preocupar com outras prioridades da cidade