sexta-feira, 16 de março de 2012

A Política dos Bastidores - Êxodo

A Política dos Bastidores
Por Miguel Samuel de Araujo

Êxodo

O quadro que ora vemos na política local se parece mais com uma novela, um drama ou comédia porque às vezes tudo não passa de uma farsa que inicialmente era um suspense que fez uma ficção acabar em terror para alguns dos protagonistas. Desse jeito está o PDT de Paulínia se transformado no Partido da Debanda Total. Desaminados com as incertezas do grupo político do ex- prefeito Edson Moura, pré- candidatos e filiados tidos como da linha de frente migram para o grupo do prefeito José Pavan Júnior com pedidos de desfiliação encaminhados à presidente Regina Matos de Moura, esposa do ex- prefeito.


Debanda geral
As filiadas Ana Gatti, Vera da Lista e Vanusa Milanez, trocaram o PDT pelo PRTB e agora trabalham politicamente no grupo do prefeito Junior Pavan. Como a nova filiação ocorreu fora do prazo legal para registro de candidaturas, elas irão apoiar alguém da chapa de vereador do novo partido político. O PRTB ganhou também o apoio declarado do advogado Edson Peixoto que se despregou do grupo do presidente da Câmara, Marquinhos da Bola. Peixoto foi diretor geral da Casa, nomeado por Marquinhos, ficou um bom tempo no cargo e pediu para sair, afirmando na época que optou por cuidar dos clientes de seus escritório de advocacia.


Entusiasmo
O presidente do PRTB, Hércules Duarte se declara satisfeito com as novas adesões, não só pelo que elas representam , mas pelo fato de mostrar que o grupo de Moura se fragiliza a cada dia. Ele avalia que a representatividade das três mulheres reforçam a credibilidade e fortalece o grupo do prefeito José Pavan na sociedade.


A discórdia
Uma fonte nos revela que no PDT , o clima ficou tenso depois que a presidente Regina Mattos se inclinou para a pré- candidatura de Orcídia Gaeta de Mattos , a primeira cunhada e ex- coordenadora do Programa Pronto para o Trabalho. Com isso, os demais devem apenas reforçar a legenda. Isso foi o que disse uma pessoa prestes a deixar o PDT.


A fase do processo
Em ano eleitoral, as disputas se dão ao longo do ano e se estendem pelo ano seguinte com as composições. Em Paulínia, é atípico. As guerras e barganhas ocorrem pelos quatro anos e quando menos pensamos que o quadro está definindo, ele se apresenta de outra forma totalmente diferente. Tudo se parece com as nuvens que mudam conforme o vento.


A missão
O presidente da Câmara, Marquinhos da Bola corre contra o tempo para efetuar as reformas do prédio da Câmara e a construção do anexo do prédio para ampliar o espaço da Casa que a partir de janeiro de 2013, aumentará o número de representantes de 10 para 15 vereadores. Bola não deve seguir o exemplo do antecessor e xará, Marquinhos da Fiorella, que começou as reformas do banheiro e outros pequenos reparos no prédio , mas deixou muito por fazer para quem veio depois dele.


Os candidatos
Agora, podemos dizer basicamente que o jogo pelo poder se dará nas três frentes: uma sob a liderança de Moura, outra sob a liderança do prefeito José Pavan e o PT, com a candidatura Dixon Carvalho. Esses grupos nesta fase estão a montar suas composições, alianças para formar composições nas chapas majoritárias e a vereador.


Sua estrutura
Do lado da máquina, o atual prefeito costura seus acordos atraindo para si aqueles que apostam na continuidade de seus projetos, O PT vai a seu modo conversando com lideranças populares e abrindo as possibilidades de composição com outros partidos, que em nível nacional integram a base do governo da presidente Dilma Roussef. No período que antecede a campanha, o PT se reúne com filiados e simpatizantes em bairros da cidade.


Há controvérsia
Enquanto isso, o grupo liderado pelo ex- prefeito Edson Moura, reforça suas baterias contra o governo Pavan. O pessoal aponta problemas da cidade , responsabiliza a administração por tudo o que acontece e cobra dela soluções imediatas. Eles também comparam as duas gestões , como quem estivesse a dizer que Moura foi melhor para Paulínia. Em resposta, o pessoal de Junior Pavan aponta a herança deixada pelo antecessor, como dívidas, demandas judiciais e obras inacabadas.


Pendenga
Parte da herança de Moura é o contrato com a Constran, empresa contratada para executar as obras do Manto de Cristal, também conhecida como Pirâmide sobre a Igreja de São Bento. A empresa levou cerca de R$ 90 milhões como pagamento de um projeto não executado. Se essa história for investigada pela Justiça, não vai ficar pedra sobre pedra .As banhas do próprio Moura e seus ex- secretários de Obras e Negócios Jurídicos, com certeza serão apertadas com a força e os rigores da Lei.


Demanda
Como parte de suas metas, o prefeito Junior Pavan, por meio de sua Secretaria de Negócios Jurídicos precisa concluir as tratativas com o Poder Judiciário e a AMAPAULINIA, autora da ação que paralisou as obras da Pirâmide. A AMA denunciou o ex- prefeito Edson Moura, por agredir o meio ambiente e não respeitar o patrimônio público com o mega projeto. De seu lado, a Oscip AMAPAULINIA se declara favorável ao projeto alternativo de revitalização do centro sem a Pirâmide e depende só da Secretaria de Negócios Jurídicos para formalizar a desistência da ação.


Correria e justificativas

Agora, com essa história de Ficha Limpa, tem gente enquadrada na Lei que tenta se explicar e aposta até na revisão do texto já aprovado, para se mostrar aos olhos da Justiça e do povo que está em condições de disputar o pleito de 2012.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.