quarta-feira, 4 de abril de 2012

A Política dos Bastidores - O Dito Pelo Não Dito

Política dos Bastidores

Por Miguel Samuel de Araujo


O dito pelo não dito

Muitos dos discursos contundentes que hoje ouvimos, refletem o que não se dizia quando era preciso dizer. Em ano eleitoral é assim mesmo, até em velório ouve- se frases bonitas e elogios. O tempo passou e tudo o que se fala não são palavras ao vento que bem poderiam ter sido ditas antes. Interessante que assim, reforça o juízo acerca da pessoa que fala: demagogia, hipocrisia, falsidade e outros sentimentos. Tudo ali se reflete. Até aquele cacique no qual poucos nele chegavam, hoje tem as portas de seu luxuoso local de despacho abertas a quem quiser.


É a onda
A rigor, exatamente muita gente que diz odiar política faz do ano eleitoral um ano de festas, passeios, convites , encontros, almoços, jantares, churrascos e cafezinhos em padarias. Nesse período, padarias vendem mais cafezinhos, pão na chapa e outras coisas gostosas porque elas se tornam redutos.


Afastados
Para servidores públicos que se aventuram nas candidaturas a vereador , então nem se fala. Eles se afastam das funções sem prejuízo do ganho. Alguns nem campanha fazem, ficam só na onda, pegam um punhado de papeizinhos que vem dos comitês, distribuem pela cidade e aproveitam o tempo para cuidar de suas vidas. O movimento das pré- campanhas intensificam conforme se aproxima da data oficial permitida por lei.


Os palanques
Disfarçados para driblar a lei, cada um faz o que pode se expõe, e usa o que é possível usar como palanque. Exemplo claro disso, são discursos, como o do vereador Francisco Bonavita (PTB) na sessão de Câmara, do dia 3 de abril. Tem muita verdade ali, mas só faltou dizer: “ votem em mim de novo”. Bonavita cumpre seu quinto mandato como vereador e viveu tudo na vida da administração durantes estes vinte anos . Ele sempre foi da bancada do governo e só agora despregou da máquina , informando que poderá ser candidato a vice- prefeito na chapa de Moura, isso se o ex- prefeito Edson Moura for mesmo candidato.


O retorno
De seu lado, o ex- prefeito faz a dança da chuva para vender a ideia de que será candidato e leva em suas andanças, o filho a tira colo. Isso chama a atenção porque Moura Filho nunca foi dado às atividades políticas do pai, tanto é que se soltá-lo sozinho e a pé num bairro distante do centro, o moço é capaz de nem saber voltar.


Te conheço?
Os mais interados da política garantem que o filho de Moura, andando só pela cidade, não passa de um ilustre desconhecido em algumas regiões. Pelos estímulos dos questionários de pesquisas feitas na cidade, vemos que os institutos de pesquisam forçam o nome de Moura Filho, o que nos faz deduzir que ele é o candidato do grupo, visto que no casarão do Taquaral em Campinas, o moço já instalou um QG e tem um staff coordenado por Geraldo Cesar de Araujo, o Geraldinho do Ponto de Encontro, ex-presidente da Associação Comercial e ex- diretor nas gestões de Moura e de Junior Pavan da qual foi exonerado.


Estratégias
Juninho e Geraldinho formam a dupla perfeita para articular a pré- campanha, embora melhor fosse para Moura Junior, a presença da mãe dele dona Ivonete. Essa sim, conhece bem a cidade e tem no nome o peso da familia Pietrobon que projetou Edson Moura Pai e isso poderá dar a Juninho um outro perfil como político. Não fosse a família do ex- primeiro sogro, Ítalo Pietrobon, Moura pai não emplacada, por não transitava sozinho no meio político paulinense,muito conservador na época . Depois ele se enturmou com os Vedovellos , tendo seu Dude como vice.


Compromissos
Embora, tenha Geraldinho de Araujo como um grande estrategista e esse deve saber como manuseia o carteado, não duvidamos que Juninho emplaque como candidato tendo uma campanha que leva o seguinte slogam “ Tal Pai, Tal Filho “ mesmo porque o Moura Pai carrega uma legião de fãs do tipo que se acotovelam para chegar nele em suas aparições, nem que seja só para deixar uma marquinha de batom no colarinho de sua camisa branca. Neste aspecto ele leva vantagem sobre o Filho, meio acanhado para esse negócio.


Companhia I
Podemos dizer que o grupo de Moura está meio numa sinuca de bico para enfrentar Junior Pavan e Dixon Carvalho nas eleições. A estas horas, Moura pai deve estar a coçar a cabeça e se perguntar por que rompeu os laços. Ele também dependeu da família Pavan. Bem lá atrás, no começo de tudo, ele frequentava a cozinha de dona Enide, a mãe do atual prefeito.


Companhia II
Moura também andou muito com Dixon Carvalho, isso , bem lá no passado. Rompeu também . Então não é verdade que ele é o super herói das histórias em quadrinhos. Moura não é diferente de todos os mortais que tem pretensões e sozinho sabe que está sujeito a derrotas. Exemplo disso, foi em 2008, que colocou o seu peso na campanha de Pavan e quase perdeu. Em 2004, fez a dança dos pagés para eleger Simone Moura para vereadora. Hoje, não sendo candidato, ele luta para transferir seus números a Juninho.


Pandora
Como eleição é caixa de surpresa, não se arrisca resultado neste momento. De uma coisa, não temos dúvida: será um processo tenso, muitas histórias e fatos, uma oportunidade para os que chegaram depois saberem das coisas.


Os partidos
Gente que estava na campanha de Junior Pavan em 2008, e que participou das rodas de negociações com os partidos lembra que a formação da coligação,Conhecendo o Presente construindo o Futuro, foi costurado dentro de um compromisso de oito anos. Logo, é natural que as direções estaduais das legendas se juntem a Júnior Pavan até o início da campanha deste ano. O rompimento entre Moura e Pavan trouxe dúvidas aos lideres das legendas no Estado sobre que qual lado ficariam em Paulinia. Agora, as coisas vão clareando com as novas leituras do quadro político em que a máquina está fortalecida.


Pendengas I
Embora a Prefeitura de Paulínia, tenha sido reconhecida por órgãos do Governo pelo seu empenho nas políticas ambientais, não pode se furtar aos passivos que se arrastam há muito tempo e que só agora medidas remediadoras vem sendo tomadas. O Parque das Flores e o Mini Pantanal são os desafios da atual administração, aliados a outros fatores, como instalação de condomínios em áreas de preservação.


Espaço
O vereador Custódio Campos, se manifesta em requerimento ao prefeito sua preocupação com a saída da Universidade São Marcos da cidade e sugere a criação de um Centro de Excelência Empresarial na cidade. A unidade da Universidade São Marcos em Paulínia, em processo de intervenção por órgãos do governo por causa de processos judiciais e com isso , fica um vácuo no meio acadêmico.


Dispersos

Enquanto as cotovias cantam e os sapos coaxam os grupos políticos que se pareciam sólidos pelos nomes de suas lideranças , vão aos poucos se desfazendo com membros saindo á francesa, ficando tudo reduzido a alguns dos membros que se multiplicam em fakes usando codinomes nas redes sociais.

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