sexta-feira, 27 de abril de 2012

A Politica dos Bastidores - Guerra de Papel


Política dos Bastidores

Por Miguel Samuel de Araujo

CRÔNICA POLÍTICA

Guerra de papel

Se a disputa pelo poder é uma guerra, melhor que ela seja uma guerra de papel. É mais interessante do que se fosse pela força de capanga, da porrada ou pelo uso de outros artifícios até mais violentos e de efeitos irreparáveis. Sendo assim, voltaremos a barbárie, tempos em que tribos disputavam o poder dos territórios com o uso da força bruta de seus gorilas armados de pau e pedra. A nosso ver, a disputa pelo poder tem que se dar no campo das ideias e não há o que fazer, para evitar que o processo transcorra em clima e ambiente tensos. Isso por que estas ideias se transformam em peças de papel que servem para manipular a cabeça do povo, ser o motivo de vanglória para os caciques das tribos e regozijo para os insensatos que espumam os cantos de suas bocas a gritar o nome dos caciques e varam noite a festejar bobagens.


Enquanto isso
Não é por acaso que achamos tudo uma grande bobagem. A gente não vê em meio ao movimento o povo que tanto clama e que estes exaltados dizem defender. Aliás, como a própria magistrada retifica seus dizeres, aqui também o fazemos com o nosso de que os que comemoram são os insensatos. Eles são mesmo, uns espertos. Colaboram com a barulheira e com isso fazem com que a interpretação deles sobre a ideia expressa no papel produza o efeito desejado na cabeça do povo.Vai daí , que caem as máscaras quando esses se declaram a favor do povo, há! há! há !. Se a ideia prospera, eles serão recompensados com cargos e outras vantagens. E o povo? Oras, o povo decide . É sábio e tem discernimento.


Os papéis
E para que fique claro o que está rolando, publicamos aqui, as duas certidões. A primeira assinada pela Juíza Marta Brandão Pistelli e a segunda pela juíza Raquel Campos Pinto Tikian Neves, ambas do Fórum de Paulínia. Em ambos os documentos, o assunto é o mesmo, vai da interpretação. Trata –se dos direitos políticos do ex- prefeito Edson Moura.


Documento 1
Trata- se de uma certidão em que a juíza atende a uma determinação da Corregedoria Geral Eleitoral , atendendo a uma pessoa interessada que queria saber sobre os direitos políticos do ex- prefeito. Esse documento assinado por uma magistrada deu base para as notícias de que Edson Moura não pode ser candidato em 2012. Também foi daí, que o pessoal do Moura teve a ideia de preparar o plano B, como eles dizem com o primeiro filho, Edson Moura Junior, Regina Matos e Bonavita.


Documento II


Uma leitura atenta a essa segunda certidão nos faz ver que a juíza Raquel Campos Tikian Neves em momento algum , afrontou os colegiados superiores. Ela apenas repara um equivoco quanto à redação, porém reconhece que Moura responde por improbidade administrativa. Eis aí, os motivos do foguetório e da barulheira por aqueles que fomentaram o factoide desde as primeiras horas da última quarta- feira, dia 25 sobre um despacho proferido na sexta- feira dia 20 de abril.


Desta feita
O quadro político sofreu um solavanco e a situação política do ex- prefeito é a mesma, ou seja, ele responde por crime de improbidade administrativa. A rigor, a pena para o crime de improbidade administrativa uma vez condenado nas instâncias, depois transitar, é a suspensão dos direitos políticos.


Desta feita
Nem há muito que discutir porque, tudo não passou de um equivoco certificado pela Doutora Raquel e um factoide do grupo de Moura , feito de forma bem arquitetado. Como que uma desforra porque o DEM, agora dirigido pelo Cridão sai do guarda chuva preto e abriga no Palácio 28 de fevereiro. Basta ver que o foguetório foi liderado pelo ex- vereador Mário Lacerda que não se conforma pelo fato ter que chegar em Cridão para discutir uma possível legenda pelo DEM. Outra coisa, a juíza proferiu sua decisão numa sexta – feira e na quarta – feira, em plena madrugada , horário em que Moura encerra seu expediente é que o foguetório começou, prova de que tudo foi muito bem produzido.


Equivoco I
Advogados colaboradores e leitores nossos avaliam que Moura está inelegível até mesmo por força da Lei da Ficha Limpa e que a iniciativa de embargar a decisão com medidas protelatórias, prejudica o próprio Moura em suas pretensões políticas que hoje já tem 62 anos, isso porque se ele ficar com os direitos suspensos por mais oito anos, suas chances virão aos 70 anos, muito tempo.


Equivoco II
Os advogados advertem ainda que até mesmo os grandes órgãos de imprensa como o Correio Popular e o Portal GI se confundiram ao darem como manchete que a “ Juiza devolveu os direitos Políticos a Edson Moura. Engano, como assim ? Um juizado de primeira Instância não tem o poder de reformar uma sentença. Ela só fez o reparo quanto á redação. De modos que o barulhaço de Moura mexeu com a cidade como se fosse uma ventania que passou . Agora sonhadores correm pelo rastro como quem quer voar no assopro


Mentira Social I
Tudo se resume no jornal Notícia 23 de Mário Lacerda, quem em edição extra, deu como manchete: Moura poderá ser candidato. O ex- vereador e possível candidato pelo DEM destaca títulos sensacionalistas, como atribuir ao prefeito Júnior Pavan a responsabilidade por uma série de situações .


Mentira Social II
Numa chamada de capa, ele põe um homem deitado numa praça e diz que se trata de um desempregado por culpa de Pavan. Vai além com suas mentiras dizendo que Moura queria dar um salário mínimo para as famílias carentes e Pavan diminuiu para R$ 250,00. Mentira. Moura fez a lei, a Câmara aprovou, ele sancionou e não executou: outro crime de improbidade administrativa.


Festas por todo lado
Enquanto uns festejam factóides com foguetórios, outros celebram o fortalecimento das alianças politcas.


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