A Política dos Bastidores - Momento depurativo

A Politica dos Bastidores

Por Miguel Samuel de Araujo


Momento depurativo
O processo político de Paulínia abre um importante precedente para esclarecer o quanto de irregularidades praticadas por agentes públicos ao longo dos anos e que não foram divulgados por conta da censura imposta pela administração. Agora mesmo, essa notícia sobre o bloqueio de bens do prefeito José Pavan Júnior e secretários pela Justiça trouxe a memória de uma série de situações em que o ex- prefeito Edson Moura , seus familiares e secretários também passaram apuros com o bloqueio de bens tanto pela Justiça comum, como pela Justiça do Trabalho e pela Receita Federal.


O bloqueio
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab também já teve bens bloqueados pela Justiça , enquanto responde por acusação de prática de possível improbidade administrativa.O bloqueio é uma prática tanto do Ministério Público como do Poder Judiciário para resguardar o processo de possíveis infrações políticas e administrativas. Caso haja sentença condenatória, tendo o acusado que ressarcir os cofres públicos, o que está bloqueado é a garantia do pagamento. È isso que acontece e que algumas pessoas já saem condenando e acusando. È tudo é política.


Judicialização
Acontece que a exemplo de anos anteriores, o processo de disputa pelo poder se dá dentro do Fórum, mais precisamente no Ministério Público e nos gabinetes de juízes. Não que isso não seja legítimo, mas que pode atrasar a cidade porque em alguns casos a máquina fica emperrada. Agora, o Fórum não deve ser palanque de ninguém


Com essas e outras
Quem perde no caso de Paulínia é a aposição liderada pelo ex-prefeito Edson Moura. Cada vez que se levanta questionamentos aos atos da atual administração, volta a publico uma série de fatos ocorridos no passado e os ânimos se acirram. Só o pessoal de Moura não percebe que levam a pior nisso tudo.


Neste caso
No processo em que a Justiça bloqueou bens de Pavan, abriu precedentes para espinafrar o ex- prefeito e os seus e olhem que o tiroteio começou com a esposa dele. Isso a nosso ver em nada significa como retorno político e muito menos para a cidade. Só desgastes político tempo perdido. Os casos dos processos em que Moura é condenado podiam ser esquecidos e muita gente que nem sabia acabou ficando curiosa para entender o que levou o ex- prefeito ser condenado a perder seus direitos políticos, tudo porque a tropa de choque de Regina Matos levantou a lebre.


O remédio amargo
No desespero e ansiedade pela disputa, grupos parecem estar tomando purgante e colocam tudo para fora . O povo por sua vez faz a comparação e aprende a compreender os interesses daqueles que atacam. A maioria faz por interesses pessoais porque tiveram a oportunidade de fazer e fizeram barbaridades com o dinheiro público


Prepotência
Um dos casos que não pode se perder na memória é o caso do processo que condena o ex- prefeito Edson Moura a perda dos direitos políticos. Ele é condenado por usar serviços de um advogado pago pela prefeitura para fazer sua defesa em processos. O mais curioso é a história desse processo. Em seu primeiro mandato(93/96), Moura humilhou três mulheres no dia da entrega de casas populares. Esse caso ficou conhecido como o caso da Vila Sardinha. As mulheres faziam parte do Movimento dos Sem Teto e viviam em um container ( vagão) onde tinha outros que abrigavam famílias inscritas no programa de casas.


Humilhação
Três delas decidiram entrar nas casas assim que elas ficaram prontas. No dia da solenidade de entrega das chaves, elas tiveram uma surpresa. Em pleno Ginásio de Esportes lotado, o então prefeito Edson Moura chamou as três lideranças do Movimento e anunciou que elas não receberiam as chaves de suas casas em represália pelo comportamento. O fato repercutiu e a Justiça local determinou que elas recebessem as chaves e se mudassem do vagão para as casas pelas quais elas tanto lutaram. Virou um processo contra Moura que para se defender , ele usou os serviços de um advogado contratado pela prefeitura. Ele recorreu e fez o que pode e teve seus direitos políticos suspensos


História
Aqui a gente relembra fatos, é o mínimo que é possível fazer e o suficiente para incomodar os envolvidos. Esse nosso papel serve para a formação da consciência e contribuir para a construção do processo de democratização da sociedade, combater o autoritarismo e melhorar a vida das pessoas. È um trabalho difícil e recompensador pelos resultados. Por isso que vira e mexe assinalamos que a gente pode até levar porrada e acaba dando muita risada, há! hà! há !...


A nota
A Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal de Paulínia, informa que até o momento que escrevíamos estas simples e desalinhadas notinhas incomodativas, não havia nenhum projeto protocolado na Casa sobre o aumento dos salários dos vereadores para vigorar a partir da próxima legislatura. Os comentários dão conta de que a partir de janeiro de 2013, o vereador iria receber algo em torno de R$ 10 mil. A assessoria informa que tudo não passa de especulação pelo menos até agora


Holerite de 4.900,00
Em quatro anos de mandato, o vereador de Paulínia deve receber algo em torno de R235 mil em salários, se compararmos que hoje, ele recebe menos de R$ 5 mil de contracheque. Agora, tem outros gastos, como assessores, carros e outras despesas.


A ficha limpa
Mais uma vez, o povo brasileiro fica na ansiedade pela história do processo de Ficha limpa , cuja votação foi suspensa novamente na sessão do Supremo Tribunal Federal realizada na quarta- feira , dia 15 de fevereiro. Em Paulínia, o resultado da votação é cercado por muitas expectativas por conta de personalidades do mundo político estarem condenados em segunda instância.


Que coisa , não!......

Sempre alertamos aqui que certas personalidades da política caem em contradição em suas criticas quando deixam escapar que tudo não passa de interesses pessoais. Quem está fora do governo ataca seus atos por todos os flancos possíveis e por nada abrem mão de regalias e outras vantagens.