sexta-feira, 20 de maio de 2011

Greve e Cidadania

Greve e Cidadania

Houve um tempo, em passado recente, aí pelo final dos anos 70 e início da década seguinte, que apesar dos transtornos que um movimento grevista pudesse provocar, setores progressistas da sociedade, como religiosos, intelectuais e órgãos de defesa dos direitos humanos e da cidadania se colocavam ao lado daqueles que marchavam pelas ruas num coro de voz rouca que saia com emoção de milhares de gargantas pedindo por democracia, contra o arrocho salarial, pelo fim da ditadura, isso porque os militares que mandavam no Brasil prendiam fácil, torturavam, trucidavam e matavam. Era uma relação insuportável entre governo e sociedade. Artistas eram censurados e muitos deixavam o país para não morrer

Tempos difíceis e superados. Hoje o aprendizado nos garante a continuidade do processo de democratização da sociedade e busca da justiça com liberdade e autonomia sindical. Nos tempos idos, o que pesava era o sindicalismo dos trabalhadores do setor produtivo, operários das montadoras e das fábricas de peças, se mobilizava sob liderança de Luis Inácio Lula da Silva a grande referência para as classes. O movimento sindical de trabalhadores do setor público tinha atuação menor.

Nas prefeituras o movimento ganhou força a partir da metade dos anos 8º quando os servidores municipais passaram a se ter organização em Sindicatos com a constituição de 88. Isso quer dizer que todo o movimento é político e tem ligação com o poder. Existe uma diferença entre a natureza do movimento sindical de servidores e de trabalhadores das fábricas, porque nas fábricas tem um patrão que visa lucro e o serviço público é como o próprio nome define: é publico, é de todos.

O gestor público, no caso o presidente, o governador e mais especificamente o prefeito da cidade, são pessoas eleitas pelo povo, frutos do processo democrático conquistado.

Então é no povo como um todo que deve ser pensado nesse momento e nossa cidade viveu anos de enganação, obras faraônicas, elefantes brancos e outros desmandos. E não vai agora, o movimento dos servidores se prestar a ser palanque para os que querem apenas desestabilizar o Poder Executivo Municipal num movimento marcado pelo rancor por parte daqueles que estão fora dos cargos. Reconhecemos o papel do sindicato e a legitimidade das reivindicações, mas 45 dias parados é muito tempo e um grande prejuízo para a população Que o servidor público tenha juízo e se deixe levar pela manipulação de aliados de adversários políticos do prefeito.
È a nossa opinião

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