sexta-feira, 29 de agosto de 2014

POVO COMPRA GATO POR LEBRE EM PAULÍNIA SP

Gato por lebre

Por Miguel Samuel de Araujo
Supreendente o esclarecimento sobre as casas construídas no Residencial Pazetti. Os módulos I e II foram financiados e comercializados como um empreendimento meramente comercial quando na verdade haviam critérios para atender interesses sociais, foi o que relatou o líder do Governo Sandro Caprino na Sessão Ordinária realizada na terça- feira, dia 19 de agosto.  Na Tribuna, o vereador leu apontamentos do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo( TCE)- que falam dos objetivos que o projeto deveria cumprir.
Relatos dos auditores
A análise do caso do residencial confirma a prática de comércio por corretagem de casas construídas com recursos públicos, desviando totalmente a finalidade do projeto, inclusive para pessoas que não moram na cidade
Interesses especulatórios
O Residencial foi idealizado na gestão (2005/2008) para atender famílias com rendas de até dez salários mínimos e foi constatado que teve casa comprada  por pessoas, cujas famílias formam renda bem superior a dez salários. Evidência de direcionamento dos interesses meramente comerciais, são as ofertas de casas do Pazetti que já aparecem no mercado imobiliário, conforme anúncios veiculados em mídia eletrônica.
O discurso da Isonomia
A gritaria daqueles que financiaram suas casas pela Caixa, com entrada de até R$ 30 mil e pagamento do pré- obra tem sentido na medida que o próprio TCE aponta o desenquadramento do projeto quanto ao objetivo principal. De acordo com o esclarecimento feito em plena sessão de Câmara com transmissão ao vivo, a atual administração teve que investir R$ 70 milhões para que as primeiras casas ficassem em condições de serem entregues.

Obra abandonada
O relatório lido por Sandro Caprino na Tribuna da Câmara, registra uma visita de auditores do TCE em abril de 2013 que confirma o abandono da obra, o que fez a atual administração fazer investimentos. Logo, se tiver alguém contra quem os proprietários têm que protestar é contra quem vendeu gato por lebre, há! há! há!. Outro ponto que precisa ficar registrado é que foi celebrado convênio com a Caixa para comercializar apenas os módulos  I e II.
Direitos adquiridos
O vereador Sandro Caprino reconhece o direito dos proprietários das casas do Pazetti como legítimos, eles são compradores, adquiriram suas casas de acordo com as exigências do contrato. Agora, as pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social estão sendo atendidas de acordo com seus direitos. Se as casas foram postas à venda, alguém decidiu comprar e atendeu as exigências, a transação foi legítima do ponto de vista jurídico
Casas vendidas
A gritaria dos opositores acaba por impedir a compreensão da medida política para resolver pelo menos em parte o quadro do déficit habitacional em Paulínia. As casas do Residencial Pazetti não serão doadas, elas serão vendidas, só que por um outro modelo de financiamento que não faz as mesmas exigências da Caixa. A prestação será referente a metade do salário mínimo vigente. Além do pessoal do acampamento Menezes, serão incluídas as famílias que vivem em situação de vulnerabilidade nas fazendas Santa Terezinha e Paraíso. O projeto de lei já aprovado na legalidade se estende para todos que se enquadram nos critérios e estão cadastrados.
Política de Moradia I
Nessas horas, a gente percebe os interesses que norteiam os discursos na Câmara Municipal. Antes da discussão sobre se inclui ou não as famílias no conjunto Residencial Pazetti, é preciso ver as necessidades das pessoas, essa deveria ser a intenção dos opositores que entram em desgaste com a comunidade. E não adianta dizer que o povo do Acampamento Menezes estava ali manipulado por esse ou por aquele, isso é bobagem. No mínimo quer superestimar o adversário ou menosprezar as pessoas que precisam, isso é feio. Até porque quando as galerias da Casa foram tomadas contra o fim das subvenções para as entidades de terceiro setor, ninguém foi lá dizer que aquelas pessoas eram manobradas.
Política de Moradia II
Quem vive de salário, paga aluguel sabe o que é sonhar com o seu próprio canto morar. Quem está como representante do povo no Legislativo e sai com uma besteira dessa precisa medir as palavras, até porque, salvo a diplomação que tem como autoridade eleita pelo povo, essa pessoa não é nem um pouco superior ao povo da platéia.
Lei de Darwin
O processo político é seletivo e da forma mais natural com representantes do povo que usam da soberba, menospreza o povo e capacidade de pensar das pessoas. Todo mundo sabe que a Casa de Leis é movida por interesses políticos inspirados nos interesses do povo e assim, nosso destaque aqui para a maestria com que o presidente Marquinhos da Fiorella, o Peixe conduziu uma sessão que prometia acontecer em ambiente muito tenso para agradar alguns egos do ” quanto pior melhor”.

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