quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

RACIONAMENTO

Falta de água para a Rhodia, em Paulínia
A baixa vazão dos rios que cortam o interior de São Paulo acendeu o sinal de alerta de indústrias e já começa a provocar mudanças no ritmo de produção das empresas.A Rhodia, uma das maiores indústrias químicas do Brasil, foi obrigada a interromper as operações de uma de suas linhas de produção. A pouca disponibilidade de água captada no Rio Atibaia levou a Rhodia a interromper, na semana passada, a produção no conjunto industrial de Paulínia de intermediários e poliamida, insumos utilizados pelas indústrias automotiva e têxtil, por exemplo.
Em nota, a companhia explicou que mais de 90% da água captada é devolvida para o rio, mas o baixo volume das águas obrigou a interrupção parcial das atividades no complexo de Paulínia.
Outras linhas de produção da Rhodia, que captam água em outras localidades, continuam com as atividades inalteradas. A água é utilizada principalmente em torres de refrigeração.
A situação da Rhodia pode se repetir em outras indústrias, sobretudo na eventualidade de a falta de chuvas persistir na região.
A MWV Rigesa, que tem unidades em Campinas e Valinhos, uma das maiores fabricantes de papelão ondulado do Brasil, afirmou em nota que “monitora cuidadosamente a situação da disponibilidade hídrica do País.”
A companhia, que também opera fábricas no interior do Estado, ainda não sofreu problemas de captação de água.
A situação enfrentada pela Rhodia preocupa a Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química).
“Vemos essa situação como mais um problema para um setor que já sofre bastante com a perda de competitividade”, destacou a diretora de Economia e Estatística da Associação, Fátima Giovanna Corriello.
Há 30 anos no setor, ela diz que não se lembra de uma situação semelhante. A indústria química brasileira encerrou 2013 com deficit comercial recorde de US$ 32 bilhões, número que deve crescer ainda mais neste ano.
“Vivemos a iminência de interrupção de produção por falta de água e ainda temos um complicador ainda maior, que é o custo de energia”, relembrou Fátima.
A Abiquim está em contato com indústrias do setor para saber se há novas ocorrências de problemas de desabastecimento de água.
| AGÊNCIA ESTADO

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