sexta-feira, 15 de abril de 2011

Política dos Bastidores

Política dos Bastidores
Por Miguel Samuel de Araujo

Queda de braços

Até o presente momento não é possível saber quem levou a melhor nesse embate entre Poder Executivo e Sindicato dos Servidores. Agora, que quem tá tomando lenha desde o início é a população. Se formos pelo raciocínio de que o movimento carrega uma disputa política, sairá melhor quem suas razões souber explicar ao povo.


A dúvida
Ninguém pode afirmar com certeza que em caso de atendidos em seus pleitos, a qualidade do atendimento á população vai melhorar. Um dos motivos da greve é a reivindicação de um convênio de saúde para os servidores municipais e por incrível que pareça, o pessoal da Saúde é um dos mais fervorosos no movimento.


Enquanto isso
O atendimento que se presta ao povo tanto no Hospital, como nas UBS e Emergência deixa a desejar. Então seria mais justo se a Prefeitura contratasse um plano geral para todos os cidadãos e cidadãs. Pense bem. É do povo que sai o custeio e todo o sistema, inclusive o pagamento do servidor que legitimamente reclama, mas atende mal em alguns casos, principalmente na saúde.


Algo a se pensar
Aí, esse mesmo povo que paga tudo, ainda fica sem cobertura da saúde enquanto o servidor um plano particular de saúde custeado por ele próprio. Quer dizer, ele paga e ainda ás vezes é recebido por servidores estressados de cara amarrada quando procura a emergência para socorrer um familiar, tudo por causa da sobrecarga e condições de trabalho desfavoráveis. Talvez esteja aí, o calcanhar de Aquiles. Que tal pensar em melhorar o sistema para todos e todas antes de melhorar o bolso e a assistência médica de apenas alguns?


Polêmica
O servidor quer o auxilio alimentação suba de R$ 100, 00 para R$ 600,00. Vamos combinar que isso é justo, até porque para quem ganha no mínimo algo em torno de 3 mil, não recebe o Renda Família de duzentos contos, porque não enquadra nos critérios. Também nem adianta ir na Célia do Caco, pedir cesta básica que não vai ganhar. Por entendimento do TCE (Tribunal de Contas do Estado), até o Caco está mais rigoroso na questão das cestas.


Justiça seja feita
Não há como negar que é o servidor que faz a máquina funcionar para garantir os serviços que são direitos do povo. Eles são melhores do que ninguém na compreensão do processo receita e despesa da administração, ou seja, sabem como e quanto a prefeitura recebe e sabem quanto gasta. Está tudo no site, no semanário e em outros canais de fácil acesso.


Política de RH
Então é preciso um projeto claro para o Setor de Recursos que eleve a auto - estima do servidor e o leve a entender o seu papel na sociedade, para que não fique para a população, apenas a imagem de que ele, como contribuinte apenas banca o custo de uma corporação de homens e mulheres que ganham bem, com direito a convênio médico auxilio de alimentação e outras regalias, como estabilidade no emprego e aposentadoria integral.


Controle social
Neste sentido, usuários do sistema querem se organizar em conselhos, associações de moradores e outros canais, precisam encontrar a satisfação em manter uma estrutura pública, um sistema e um grupo de pessoas que atende seus anseios.


Para refletir



A relação entre servidor e usuário do sistema deve ser de parceiros, sem deixar seqüelas que no futuro possam causar prejuízos. Se o servidor tem seus pleitos considerados legítimos, o povo tem o direito de ser atendido.


De modos que
O problema de nossa cidade, não se restringe apenas em pagar o servidor naquilo que ele legitimamente pleiteia, mas numa compreensão mais global do processo público da cidade, sem o arroubo, a petulância e as disputas de espaço.

Via SacraVimos
pelos corredores do Paço Municipal, uma andança de grevistas que cantavam a musica “Para não dizer que não falei das Flores,”- isso foi na quarta feira á tarde, o que nos fez lembrar uma procissão da Paixão de Cristo, visto que as músicas de Geraldo Vandré, hoje são cantadas até nas missas e comunidades, enquanto que na ditadura, os milicos torturaram o cantor e mandavam para os porões aqueles que cantarolavam seus refrãos.


A história
O ambiente da greve está ordeiro, o que merece registro de que só faltou alguém pegar um violão e puxar a música Disparada do mesmo Vandré, hoje gravada também por Daniel, Chitãozinho, Jair Rodrigues e outros. Isso quer dizer que se de um lado é verdade que nosso sistema democrático ainda deixa a desejar, não podemos dizer que estamos vivendo sob ditadura. Só falta afinar melhor a banda e irem todos para o grande coral, cantando em uma só voz que não podemos retroceder do que já foi conquistado em termos de relacionamentos.


Momento político, social e democrático



Em ambiente de cordialidade, o prefeito José Pavan Júnior, trocou palavras amigas com o ex- candidato a prefeito Dixon Carvalho (PT), no domingo dia 10 de abril no passeio de cavaleiro. Carvalho estava acompanhado do articulador de seu grupo político, o vice - presidente do PT Laércio Guiacheto, como mostra o registro de Cassiano Dias em quadro que mostra também o vereador Amarildo do Milho.
Para a justiça do registro do momento, lembramos que o pai de Dixon, o médico Benedito Carvalho, foi eleito prefeito em 1985, como o apoio de Seu Zé Pavan, pai do atual prefeito e prefeito na época. Essa é a história de nossas relações políticas.


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