Política dos Bastidores
Por
Miguel Samuel de Araujo
Paulínia antecipa Quarta-feira de
Cinzas
Não fosse a
animação do salão da AE Paulinense e do Bloco dos Dinossauros-, que fez bonito
na avenida José Paulino a turbulência provocada pelas disputas politicas teria
encoberto o carnaval e a cidade desde a outra semana já estaria sob as cinzas.
Só foi possível ver labaredas de alegria e sentir o calor das festas porque o
consagrado bloco dos históricos e o tradicional clube não vivem em função das
subvenções da Prefeitura. Parabéns para as diretorias que atuam de forma
desvinculada dos poderes locais.
Grampo para quem precisa
Não é
novidade para ninguém, encontrar grampos de cabelo ou desses de prender papel
em qualquer canto de um gabinete ou outra repartição pública. Agora, a história
dos grampos no Gabinete onde despacha o prefeito de Paulínia está engraçada. Em
julho de 2013, quando Edson Moura Júnior assumiu no lugar de José Pavan Júnior,
um forte alarde sobre a existência de grampos para interceptar ligações
telefônica tomou conta das atenções e como não poderia deixar de ser, as
suspeitas recaíram sobre o grupo do antecessor. Agora, curiosamente ,o grupo do
antecessor de Moura Júnior na época que é o grupo de Pavan Júnior, também
apresenta a denúncia de grampo no Gabinete do prefeito. Seria o mesmo grampo?
Curiosidade das crianças
Pavan Júnior
assumiu na sexta- feira dia 6, sendo que na interinidade estava como prefeito,
o presidente da Câmara, vereador Sandro Caprino. Logo, é possível imaginar que
se houve a intenção de fazer escuta , é possível que o grampo estaria vigiando
o prefeito interino ou tudo não passou de mera coincidência. A exemplo da outra
vez, o caso está sob investigação pelas autoridades ..
A tensa transição: o retorno
Independente
de quem quer que seja que saia ou entre no Governo, a transição na estrutura da
máquina administrativa é sempre impactante, tanto para quem deixou ou vai
ocupar os cargos, como para o pessoal efetivo, como para que usa os serviços do
governo. Um caso curioso, vimos na secretaria da Saúde, onde o titular da pasta
, Ricardo Carajeleascov depois de ficar fora desde julho de 2013 ,quando Moura
Júnior assumiu. Ricardo reassume uma pasta que vinha sem secretário há quase seis
meses, apontando os mesmos problemas que apontara em janeiro de 2013 quando
herdou a estrutura de Marco Teixeira. Por seu lado, Renato Cardoso falava a
mesma coisa da gestão de Ricardo quando foi nomeado por Moura Júnior em julho
de 2013.
Problemas que se arrastam
Por conta
das demandas levantadas, a Câmara de Vereadores montou uma Comissão Especial de
Inquérito ( CEI) que produziu um extenso relatório apontando que o problema na
área de Saúde é a falta de gestão no processo administrativo, o sistema de
informática é superado, o Centro de Distribuição ( CD) funciona de forma
desorganizada em total falta de sintonia
com as Unidades Básicas (UBS).O então secretário Renato Cardoso, reconheceu os
problemas levantados pela CEI e ressaltou que trabalhava com uma estrutura
herdada do antecessor
Upa ! Upa!..É Upa de lá e Upa de cá
Visto como
um cara articulado com gente dos
Ministério, Ricardo Carajeleascow, anunciou duas UPAS logo que assumiu em 2013.
A cidade de Ribeirão Pires na grande São Paulo, é uma das referências do novo secretário, cujo trabalho
foi elogiado pelo Conselheiro Aldo Guimarães, um homem crítico do sistema e que
logo se tornou aliado de Ricardo em seu projeto. Sabemos parte dos recursos para a construção
dessas unidades são do governo federal. Depois acompanhamos a votação do
orçamento no qual estão incluídas emendas para as UPAS. Agora, o assunto volta
a ser discutido como promessa de Pavan.
Também de volta
Acreditamos
que a transição na Promoção Social foi tranquila, porque Mara Ferrari pega a
pasta das mãos de Clélia Sandra,
profissional com muitos anos no setor que praticamente recebeu das mãos de Mara
em julho de 2013 quando Moura Júnior assumiu no lugar de Pavan. Mara encontra
demandas mais pesadas do que as deixadas por conta do desmonte das estruturas
as instituições subsidiadas, como Caco , AIJ e Apae. Ela não deverá fugir das
diretrizes de Assistência do Governo Federal, a mesma situação é na Educação ,
com o retorno de Regina Helena Marciano, que já vinha na pasta com a secretária
Estela Sigristi e em janeiro de 2013 ,
se tornou titular.
Não precisa inventar a roda
No Esporte,
basta que o secretário Ted Fermino siga os cronogramdas do antecessor ,
professor Marquinhos, execelente profissional que ele não terá problema.Nós
sabemos que a infraestrutura da secretaria está precária com praças, quadras e
outros equipamentos detonados quadro
também herdado pelo antecessor de Ted e não temos ilusão que ele vai resolver
tudo. Agora, material humano , a SER tem dos melhores , um pessoal muito
dedicado que mesmo com dificuldades elevou o nome de Paulínia nos jogos regionais e nos abertos. Na
Cultura, a secretária Fernanda Cândido retorna e encontra outra estrutura, um
pouco diferente daquela deixada por ela.
A Roda pronta
A antecessora Monica Trigo deixou algumas
importantes propostas engatilhadas, como
as tratativas do Fundo e do Conselho de Cultura, bem como sobre o
Sistema Nacional e Municipal. Em sua primeira entrevista, Pavan já anunciou que
o Pólo de Cinema não é prioridade. Por outro lado, não precisa a nosso ver,
sacrificar projetos de formação e capacitação e muito menos o Stop Motion, com
estrutura já montada e que atende centenas de crianças em parceria com a
Educação.
Os conflitos do remanejamento de
Pessoas.
Que não seja a desculpa de uma reforma administrativa que os
servidores em desvio de função estão sendo colocados á disposição do Gabinete e
da Secretaria de Recursos Humanos (RH).
Que sejam resolvidos todos os casos de
desvio de função, não só daqueles servidores apontados como colaboradores da
gestão anterior. Vamos ver então, por exemplo com
quantas pessoas a Fernanda Cândido vai tocar a secretaria da Cultura se lá
ficar só quem quem está contratado para aquela pasta.
Gestão Humanizada
Os desvios de função não se resolvem assim,
numa canetada e uma transferência. Eles estão por toda a extensão da máquina
administrativa. Em nosso modo de ver, é preciso um levantamento e análise de
casos para depois planejar e melhor organizar o processo para não prejudicar pessoas
e o andamento das atividades. A proposta tem que estar dentro das discussões do
Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos com a reforma administrativa, algo bem
esclarecido com a participação de servidores e representantes do Sindicato.
Assim do dia para a noite, como tem sido feito parece outra coisa , menos um
ato para soluções administrativas .Política de RH ( Gestão de Pessoas)
pressupõe-se numa relação humanizada entre gestões e servidores. Por conta de
ter ficado muito tempo na disfunção, ás vezes a pessoa se considera em zona de
conforto, se acomoda na função e a mudança brusca como tem acontecido, causa
impacto no sistema emocional das pessoas, gera pânico e muitos outros
transtornos para o servidor ou servidora e seus familiares.
Expectativas da Semana
Todas as
atenções estão voltadas para a Câmara de Vereadores, que deverá oficializar a
posse do prefeito José Pavan Júnior, conforme convocatória do presidente Sandro
Caprino.Se o ambiente político antecipou o clima de Quarta- Feira de Cinzas,
esperamos que o mesmo ambiente não se estenda por mais 45 dias de Quaresma, há!
há! há!.. Ninguem merece.
Resumidamente, é isso
O Marquinhos da Fiorella , vice- presidente da Câmara,
convocou a posse do Pavan para a terça- feira dia 10. Ele estava no exercício
da presidencia porque o Sandro estava como prefeito interino. O entendimento é
que o Judiciário ( juiz) diploma e o Legislativo empossa. Acontece que assim
que o Pavan foi diplomado aconteceu a posse no dia 6, sexta- feira, isso porque
alguns vereadores interpretaram que no ato da diplomação , a MM Juiza teria
empossado o prefeito. Na terça- feira
dia 10, Pavan esteve na Câmara e não assinou a ata de posse na presença do
vereadores, houve um desentendimento e o clima ficou tenso. Agora, a
presidencia da Câmara reconvocou a posse para o dia 20, conforme está postado..
Eu não sou jurista e respeito as interpretações de que o Poder Legislativo não
está subordinado ao Judiciário e se pauta pelas prerrogativas dele como poder
independente que fiscaliza o
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