quarta-feira, 12 de junho de 2019

Política vive a Alegoria do Mito da Caverna


Mito da Caverna
Pensando bem, o quadro que se vê na nossa política nos dias de hoje, é algo  que se assemelha a Alegoria do Mito da Caverna, obra de Platão, filósofo grego que viveu e escreveu seus apontamentos  há 400 anos antes de Cristo, ou seja,  há bem mais de dois mil anos
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Nas trevas

 Para  ilustrar o mundo do saber, do conhecimento e clareza das pessoas acerca das coisas, Platão  visualiza pessoas vivendo dentro de uma caverna pela vida toda sempre viradas de frente vendo somente as paredes da caverna. Atrás dessas pessoas,  um outro grupo ostentava fachos de luz e num espécie de andar acima, tinha uma fogueira. Um dia, parte desse grupo escalou a caverna e ao ver o mundo externo teve crises, vertigens e se assustou com a luz do sol e as benesses do mundo externo até  então um universo desconhecido.

O choque com a realidade

Ao voltarem para o fundo da Caverna, machucadas com escoriações pelo corpo  com outras  ideias  a respeito  da vida fora das trevas, essas pessoas foram rejeitadas pelos pares que permaneciam firmes no mundo de trevas e na crença da Alegoria do Mito da Caverna.

O Brasil e o Mito    
                            
Se trouxermos o exemplo da obra de Platão para os dias de hoje, percebemos que o debate sobre a Reforma da Previdência e as  primeiras medidas do Governo Federal ,  revelam um mundo até então desconhecido e um governo distante do que foi apregoado na campanha política. Aí, é como se parte do povo vivesse numa grande caverna e agora se surpreende com o clarão da luz, há! há! há! . Os tempos atuais expõem o que ao longo do tempo  ficou sob os tapetes. Trata-se de uma reflexão que tem muito sentido

O mundo de Loira

Nesse curto período de gestão, o prefeito Antônio Miguel Ferrari, o Loira, abre a possibilidade para esclarecer a situação verdadeira de Paulínia  herdada
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Cidade de luzes e de trevas

 A cidade fora de ilusões e alegorias  com seus problemas, povo sofrido e muitas demandas para resolver em saúde na Saúde, Educação, Habitação, Obras, Meio Ambiente, infraestrutura, Recursos Humanos( falta de pessoal e folha de pagamento estourando), tudo por conta de um crescimento acelerado e descuido no planejamento de gastos ao longo do tempo.  Agora, a população começa entender o fio da meada e o preço pago pela ilusão de viver numa cidade que parecia uma ilha isolada no contexto brasileiro.

São duas Paulínia

Uma é a que se vê do lado de fora e a outra é a que se vive por dentro. Por dentro da Prefeitura, são Secretarias funcionando com um quadro reduzido de pessoal, condições de trabalho precárias em algumas áreas e trabalhadores empenhados na burocracia dos gabinetes com pilhas de processos sobre as mesas. Tudo isso reflete aos olhos de quem vê e sente na pele do lado de fora ao buscar atendimento nas unidades de saúde, de educação e no  Hospital

Firme no desafio

 Seguro de si  mesmo, de que não foi ele quem deixou Paulínia  assim como ela está, e consciente da responsabilidade e dever, Loira afirma que  ,a começar de seu gabinete e estendendo a todas as repartições do Governo, todas as informações estão abertas  para quem quiser conhecer a verdade e realidade das contas públicas, bem como  dos ajustes que vem sendo feito para a máquina funcionar
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Na Saúde

O prefeito  instalou seu gabinete dentro do Hospital Municipal e ao conhecer de perto o quadro precariedade, sentou com o secretário, Luiz Carlos Casarin, tomou várias medidas que o povo já percebeu. Os conselheiros da Saúde estão de posse de informações acerca dos contratos de compra e contratações de serviços, bem Política dos Bastidores
como as terceirizações e os gastos com o quadro efetivo de funcionários concursados. Se quiserem podem contribuir para a construção de políticas públicas efetivas para o setor, o secretário deu essa abertura

Do caos à transparência

Sem a pretensão de apontar culpados ou alguém com poder mágico, é preciso ter claro que se foi o tempo da Paulínia da ilusão, da ostentação e do esbanjamento do dinheiro público.

Campanha de mentira

Neste sentido, qualquer ser humano que no afã de campanha eleitoral disser  que tem solução para tudo a curta ou médio prazo,  conta mentira para a população  e será  desmascarado.
Jogo aberto
 O desafio do momento é a busca da unidade e da colaboração dos que se incomodam com o jeito em que Paulínia está. Mesmo que seja por meio de um debate com serenidade para por o dedo nas feridas para remediar situações criadas inclusive por quem hoje apresenta com soluções mágicas, só que no passado esbanjou recursos

Casos de suspense

Como no texto de Aghata Cristie,”o Caso dos Dez Negrinhos “, personagens desaparecem misteriosamente da festa.  É o que acontece no cenário político da cidade tanto com vereador como com comissionados. Quando a gente pensa que a pessoa vai causar, ela some dos holofotes, há! há! há !..Vereador grava vídeo com o projeto da incorporação do abono às vésperas da sessão de Câmara e no dia em que o texto seria discutido, ele  estava substituído por decisão da Justiça.. Que  coisa..
 Já é o segundo que desaparece do cenário. Terá um próximo?

 Ficamos sem o pinga fogo  entre Valadão e Tiguila,  na memorável noite do dia 4 de junho quando o projeto do abono foi discutido . De modos que o show  ficou por conta dos servidores em  cobrança, para que o presidente Zé Coco pautasse o projeto do abono.

Enquadrou a Folha
Agora, com o percentual da folha de pagamento dentro do padrão, baixa à folha e baixa a temperatura do clima de tensão instalado por conta dos debates exaustivos

Gestão de conflitos

É preciso que representantes das partes, Prefeitura, Câmara e Servidores reflitam sobre o momento e tomem as medidas sem ferir a lei. Há que se destacar que respeitamos o posicionamento cauteloso do Ministério Público de interferir na questão sobre o abono. Por outro lado, nos surpreendemos com os julgamentos precipitados por parte de interessados na questão, um desgaste de energia sem  necessidade

Quase a exaustão

As falas dos vereadores foram abafadas e poucos compreenderam a ponderação de que caso prospere o Inquérito da Promotoria, e a folha de pagamento ficasse acima do percentual permitido por lei, o prefeito, os vereadores e os servidores podem sofrer consequências, sendo responsabilizados ao ressarcimento aos cofres públicos. Agora, procuradores jurídicos e representantes dos poderes retomam as conversas tendo em mãos elementos mais consistentes para deliberar sobre a matéria

Competência para agir

 O quadro de modernidade no sistema eletrônico de informação, a rapidez exigida para as respostas aos problemas,  os rigores da lei e o olhar preciso dos órgãos fiscalizadores do Estado, cobram posturas severas dos gestores, que antes podiam deixar muita coisa correr frouxa..

Só o tempo para firmar as coisas

 Vem daí, o quadro desolador que caiu no colo de Loira , que se obriga remar contra a correnteza e acalmar as tempestades. Um dia haverá de ficar muito claro porque mesmo com um orçamento de R$ 1,5 bi, uma cidade com pouco mais de 100 mil habitantes ficou quase que em situação de ingovernabilidade.