Política dos Bastidores
Por Miguel Samuel de Araujo
Ano das boas idéias: 51º aniversário
Tomara que dessa vez, os embates movidos pela disputa de poder não tirem o brilho das
comemorações de aniversário de Paulínia, uma festividade marcante que nos
remete aos tempos idos e coloca na pauta
das discussões, os personagens da história. No ano passado, conseguiram
estragar a festa dos 50 anos e com certeza, os protagonistas dessa proeza não
tiveram ganho algum do ponto de vista
político, a não ser a possibilidade de expressão do revanchismo mais besta já
visto na história da cidade.
A memória
Seria a primeira
festa de aniversário da cidade, na gestão do prefeito Edson Moura Júnior que
havia sido empossado em julho de 2013
depois da decisão da Corte maior da Justiça brasileira (TSE) que o legitimou
como prefeito. A decisão tirou do cargo o segundo mais votado, o ex- prefeito
José Pavan Júnior. Moura Júnior venceu e foi acusado de fraude por ter
substituído o pai, nas vésperas da eleição, o também ex- prefeito, Edson Moura.
Moura era candidato em 2012, só que sem
os direitos políticos por causa da Lei da Ficha Limpa.
Esdrúxula vingança
Fora do
poder e sem os seus cargos, o grupo do ex- prefeito José Pavan Júnior, não quis
dar o gosto para pessoal de Moura Junior festejar o aniversário e nem o carnaval
de 2014. A partir daí, ficou bem claro o ambiente de tensão política que se
arrasta pelos dias atuais e com isso a cidade sofre. O prefeito não tem
estabilidade no cargo por causa dos reiterados pedidos de cassação de seu
mandato e os contratos e processos de compra são denunciados no Ministério
Público e Tribunal de Contas.
Temporada de negócios
A partir de
agora, as legendas estão em altas e quem já cantou a cotação desse importante
mercado, na temporada 2016 foi o empresário Tuta Bosco, que assume o controle
politico do Partido Popular Socialista ( PPS). Mesmo sem a maioria da Comissão Provisória, não há
como negar que Edilsinho é o nome mais representativo no PPS, conforme mostra o
trabalho de seu mandato e o movimento de pessoas no seu gabinete.
Atitude política
Tuta já se
declara candidato a prefeito e preparado para enfrentar o grupo liderado por
Edson Moura. Os Mouristas se estribam no
peso da máquina administrativa e precisam sem medo de assumir as verdades, com urgência rever
estratégias e táticas politicas. Esse é o tipo de enfrentamento que promete
lances interessantes dado o estilo das
lideranças.
Só um blefe
Nos bastidores especula-se que tudo não passa
de insinuação para negociar bem na hora de contar garrafas, a considerar que
entre os amigos de Tuta tem gente que transita muito bem entre os Moura e
por mais que fale grosso, sozinho . Tuta
não aguenta o carteado. Tanto é que, quando ele não deixa as cartas boas na
vista , ele entrega o baralho, basta prestar atenção no movimento das mãozinhas
dele..
Memória recapitulada
È importante
lembrar aqui, que no processo de 2012, Tuta puxou a rebelião do PPS, montado
para servir interesses políticos do então prefeito José Pavan Júnior. Ele levou
o presidente João Lunardo, um comissionado do prefeito mais algumas pessoas
para o lado do grupo de Moura. A máquina sob o controle de Pavan, segurou a debanda e o PPS conseguiu eleger
Edilsinho para vereador. A base da legenda era formada por comissionados
escolhidos a dedo.
Pessoal da peruca solta
O PPS pode
crescer no processo, porque no pessoal de Moura parece que tem gente em posição
de liderança que passa a maior parte do tempo diante do próprio espelho olhando
para o próprio umbigo, como quem está se preparando para usar piercing e não vê
que precisa fortalecer o grupo como um time para disputar o poder em 2016.
Peruca ou carapuça
Ora, no grupo, eles têm o prefeito Edson Moura
Júnior e seu vice, Francisco Bonavita que se legitimam e se credenciam para
disputar a reeleição e no próprio grupo tem candidatos a prefeito e a vice. Um
exemplo, é o secretário da Indústria e
Comércio que já pegou seu boné e se coloca como candidato a prefeito em 2016.
Ele é o tipo que no tabuleiro do xadrez não faz o mínimo para proteger o Rei.
Sai no galope do cavalo, mete o chicote no lombo do bispo e se arrisca tomar
xeque-mate. O moço gosta de evidências, há! há! há! há!.. Ainda assim, ele que
ele se declara leal á Moura Júnior e se diz fortalecer o grupo. Tem mais gente
assim.
Ações proativas
Em meio a
essa turbulência toda, há um colegiado de pessoas dentro do grupo que se
empenha pelo bom funcionamento da máquina e para atender bem a população. Por
hora, esse pessoal que também faz parte do grupo de Moura, passa longe das
intrigas e picuinhas internas e tem o reconhecimento de funcionários
concursados de várias secretarias. Gente que nem dá bola para o “ nhém, nhém,
nhém “ dos Pavan pelas rede sociais. São os verdadeiros peões no jogo de xadrez
que colocam diariamente a cara na linha
de frente.
Conversa de vestiário
Homem do
futebol e conhecedor do carteado, o vice- prefeito, Francisco Bonavita, já
acostumado a se sair bem das boladas nas costas , de levar cotoveladas por tudo
o que é parte do corpo e chutes na canela,- aproveita o pequeno intervalo para engolir
um pouco de água e relaxar. Com experiência, ele diz que antes de mais nada , é
preciso arrumar a casa e colocar cada um em sua devida posição. Sobre a disputa
politica, ele diz que se reporta somente ao
prefeito Moura Júnior, ao pai dele, Edson Moura e a seu partido, o PTB,
sob a batuta do deputado Campos Machado. È o recado.
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