A Copa,o poder e
a política no futebol
Por Miguel Samuel de Araujo
Ao assistir
o jogo em que o Brasil ganhou de 3x1 na abertura da Copa, na Arena Corinthians,festa do povo brasileiro em meio a uma turbulência movida pela disputa de
modelos e projetos de Brasil, nos remete ao recente passado e nos traz a
memória das outras Copas, quando o Brasil era outro e os personagens que hoje
levam o Brasil ao protagonismo no mundo
estavam enfrentando a repressão, a perseguição política e lutando por
democracia , justiça e liberdade. Grande parte do povo que hoje comemora o
triunfo do Brasil vendo cada lance numa tela grande de TV digital, buzinando seus carros pelas ruas ,
tomando cerveja e fazendo churrascos, não estaria hoje em tal situação, se
aqueles que hoje atacam o Governo Federal pelo advento da Copa, estivessem no
Poder. Basta lembrar os indicadores econômico, o padrão de vida dos pobres na
Copa de 2.000 e daí para trás. O Brasil ficou nas mãos dos generais e em seguida sob o
domínio dos neoliberais. Hoje, a vida do brasileiro é outra com índice de
desemprego menor, mais oportunidades para o ingresso no curso superior e muitas
outras melhorias no plano de moradia e transferência de rendas.E isso o que tem
a ver com a Copa ? Muito . As pessoas mais simples costumam dizer que o esporte
e a política não se misturam. Ora se misturam, basta ver a história, no tempo
dos militares que só existia a Arena e MDB, o presidente nacional da Arena ,
era o General Heleno Nunes, presidente da antiga Confederação Nacional de
Esportes , a CNB, enquanto que as federações de estado tinham á frente, homens
fortes como Nabi Abi Chedid em São Paulo, Marcio Braga e Eurico Miranda no Rio
de Janeiro, todos políticos. Se assim
não fosse o esporte uma ferramenta política
, os opositores ao Governo Federal, estariam torcendo pelo Brasil pelo
êxito da Copa , não estariam estimulando protestos e outras formas de boicotes.
O esporte é
um símbolo de poder, de conquistas , basta pesquisar a história das Olimpíadas
e Jogos internacionais. O calendário da FIFA caiu no colo da presidente Dilma
que já tem um grande índice de aceitação e aprovação. O esporte é a grande
ferramenta de marketing para vender imagens, marcas e produtos. Na década de
90, o prefeito uma próspera cidade em orçamento localizada no interior de São
Paulo, sede de uma da maior unidade da Petrobrás, descobriu no marketing
esportivo, o caminho para buscar suas legítimas ambições para as quais tinha
que ficar conhecido. Então, ele montou uma equipe com as maiores estrelas do
Basquete, como Hortência, Magic Paula, Marta, Branca e outras. Com os empresários
parceiros e o caixa do Governo, ele organizou o Mundial da categoria tornando a
rica e desconhecida cidade na capital do Basquete. A personalidade e imagem do
prefeito que protagonizou essa fase foi reforçada na mídia e na opinião
pública, mesmo hoje que a cidade não tem o mínimo de políticas publicas no
esportes que tudo indica deixou de ser a prioridade de governo da cidade. Os
equipamentos públicos , como ginásios de esportes, quadras poliesportivas e
conjuntos de piscinas estão há anos se uma reforma com os alambrados, banheiros
todos sem a menor condição de uso para sediar sequer um torneio.
Destaca-se
por justiça, o empenho da equipe da Secretaria de administrar demandas
espontâneas das escolinhas e atividades locais. Assim como, as estrelas do Basquete,
o Guga no Tênis e outros elevaram o nome do Brasil e das cidades de suas bases,
tornando assim o cartão postal, vemos hoje na pequena e próspera cidade , um cartão postal diferente daquela já
projetado no mundo nas imagens de Hortência, Paula, Marta e outras estrelas (Miguel Samuel de Araujo)
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