quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Planejar o crescimento das cidades



Debater as cidades, seus rumos, potencialidades e problemas têm se tornado mais frequente
a cada dia. Profissionais das áreas da sociologia, economia, arquitetura, urbanismo, ciência
política, história, direito, antropologia, geologia, geografia, artes plásticas e visuais e administração
pública, dentre outras, têm debruçado seus diferentes olhares sobre a questão urbana.
Os motivos para esse aumento no número de textos acadêmicos e não-acadêmicos são
múltiplos e ainda precisam ser melhor estudados, mas certamente um deles está relacionado
ao fato de que cada vez mais pessoas vivem no ambiente urbano e por isso, a reflexão
desse fenômeno é fundamental.
Os dados da Organização das Nações Unidas (ONU) indicam que metade da população
mundial vive em áreas urbanas e as estimativas indicam que em 2050, mais de 70% das
pessoas viverá em cidades. No Brasil, a urbanização também aumentou consideravelmente
nos últimos anos, conforme mostra a Tabela 1:
Tabela 1:
Distribuição percentual da População por situação de domicílio - Brasil - 1980 a 2010
Por situação do domicílio (%) Urbana Rural
1980 67,70 32,30
1991 75,47 24,53
1996 78,36 21,64
2000 81,23 18,77
2010 84,36 15,64
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 1980, 1991, 2000 e 2010, e Contagem da População 1996
Se em 1980, a população urbana era de 67,7%, em 2010 ela aumentou para quase 85% do
total de domicílios no país. E esse aumento ocorreu em todas as regiões brasileiras. Por isso,
debater a gestão urbana e as políticas urbanas é tão urgente para todos os gestores públicos,
independentemente da região do país ou do porte populacional dos municípios.
Nas metrópoles, a situação é ainda mais grave, já que grande parte da população que vive
nas grandes cidades mostra-se insatisfeita com sua qualidade de vida e afirma que deixaria
a cidade se pudesse (Bonduki, 2011). Neste sentido, pensar na questão urbana é pensar nos
desafios inerentes a ela, mas também nos desejos de transformá-la por meio de alternativas
concretas, superando a visão pessimista

Fonte:  Professor Fernando Burgos- Fundação Perseu Abramo, Curso de Especialização em Política em parceria com a Fundação Escola de Sociologia Política do Estado de São Paulo
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