Por
Miguel
Samuel de Araujo
Estiagem :depois da tempestade, vem a cobrança
Não há mais
o que dizer sobre a estrutura urbana da cidade para suportar temporais e muito
menos sobre a falta de um plano de mobilidade urbana. Passada a fase da
instabilidade no tempo e 180 dias de governo, a Administração já tem um mapa
dos problemas da cidade.
Planejar, projetar e executar
Agora, com
maioria folgada na Câmara, o prefeito
Edson Moura Junior, pode abrir os debates sobre a reforma urbana e
reforma administrativa para corrigir distorções e propor medidas de remediação
e de prevenção no campo do meio ambiente, transportes entre outras áreas
Mobilidade urbana, o debate atual
A situação
de Paulínia, é um retrato dos centros urbanos do Brasil que cresceram sem uma política de planejamento
estratégico para orientar o desenvolvimento. O caso de Paulinia, reserva uma
peculiaridade , praticamente não tem zona rual e o perímetro urbano sofre
distorções. O centro da cidade envolvido numa demanda judicial é a principal ,
ou uma das principais demandas para a administração municipal. A prefeitura e a
organização não governamental, partes do processo que parou a obra do Manto de
Cristal, bem como representantes da sociedade civil e empresas interessadas,
precisam conversar urgentemente para resguardar a cidade de futuros prejuízos.
Enquanto isso, a gente faz coro com a população por um
projeto de melhorias.
Conversa de homens
Se a idéia do ex- secretário de Planejamento, Esdras Pavan, não passou de
uma conversinha com o pessoal da Oscip, agora
há tempo suficiente para que
conversas maduras e responsáveis
sejam retomadas. Basta que haja interesse das partes.Esse processo pode ser parte de um
plano diretor, muito bem elaborado á luz de tudo o que há de moderno no mundo da
arquitetura e urbanismo
Política de Assistência
Se depender
da argumentação dos vereadores para defendê-lo para implantar a política de Assistência Social, o
prefeito Moura Júnior vai sair chamuscado de todas as sessões em que projetos
de iniciativa do Executivo for aprovada.
Em cena
O grau
comprometimento dos vereadores, ficou claro na Sessão de terça- feira, dia 29 .
Muito timidamente, o líder Sandro Caprino
justificou o projeto como sendo uma obrigatoriedade para atender o
Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado. Mesmo com criticas e
discursos inflamados em defesa das políticas sociais, foi aprovado por
unanimidade o repasse de verbas para as instituições em 2014 , em valores
menores do que no ano passado.
Rigores das leis
O líder
Sandro Caprino disse que por determinação do Ministério Público e do Tribunal
de Contas , os repasses não podem ser mais do que 49% dos valores dos projetos. Houve discursos de
solidariedade e de apoio moral ás entidades. Só que votaram a favor do
prefeito.
Nas costas do chefe
De Ângela
Duarte, o discurso mais encardido de oposição ao tom abrandado de Sandro
Caprino, em relação aos atos do prefeito, todos foram na mesma linha: “
vereador vota sim ou não. O poder de aumentar ou diminuir as
verbas de subvenção para as entidades é do Executivo”. E votaram sim. Cada representante de instituição
presente e demais pessoas que lá estavam , ouviu, viu o painel de votações e
interpretou do seu modo..
Ao povo, as palavras e nada mais
Os discursos
foram engraçados, algo mais ou menos assim : “ è com muita dor no coração, que
eu voto “ Sim”, para o projeto do prefeito. Ainda pouco antes, ouviu-se da Tribuna contundente discurso da
vereadora Ângela Duarte : “ o vereador
tem livre arbítrio “ , o que quer dizer que não é obrigado votar sim . E ela
votou sim e, poderia votar não. Se for
analisar bem, tudo não passa puro jogo
de palavras. È só analisar o discurso..È o tal do “ Blá , blá blá” que encanta quem não compreende o sentido
da retórica e fica de ouvidos presos no
som estridente do falatório que arranca
aplausos dos que se prendem no tom inflamado.. È isso. Deu para entender, né pessoal ?
Discurso reafirmado
A líder do
PRTB leu na Tribuna da Câmara uma carta endereçada a ela pelo presidente
Nacional do PRTB,Levy Fidelix que orienta a bancada, no caso ela e o colega
Tiguila Paes , para o alinhamento político com o PSB, partido do ex- prefeito
José Pavan Junior. A vereadora aproveitou para demarcar criticas ao PT, o que
demonstrou a inclinação para a candidatura de Eduardo Campos para presidente da
República.
O nexo do discurso
Conforme ela, desde 2002, o Partido dos Trabalhadores na
presidência da República, aumentou os investimentos no campo social e
aproveitou para lembrar que hoje o PT
governa o país com o PMDB, sem perder a oportunidade para relacionar a política
nacional situação local e criticar o prefeito do PMDB , Moura Junior por
reduzir as verbas para as instituições . Os dois vereadores do PT, Dr João Mota e Custódio Campos, ouviram calados e nem se preocuparam em responder.Curiosidade
O que chamou a atenção é que até um dia desses, tudo indicava que o espólio politico do ex- prefeito José Pavan Júnior , estaria inclinado a reforçar o PT num futuro Projeto Político, haja vista a calorosa recepção a uma deputada e a euforia de pessoas do grupo , num esforço danado para influenciar decisões internas do Partido dos Trabalhadores .
Para pensar, enquanto a ficha não cai
Política é como nuvem , diria o Dr Ulisses Guimarães. È algo dinâmico e visível que nem precisa prestar muita atenção para perceber os posicionamentos..
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