Em
discurso inflamado, vereador
joga a toalha
A sessão
ordinária e online da Câmara de Paulínia realizada na terça- feira dia 29 , foi
marcada por sucessivos discursos que podem ser interpretados como desânimo do
vereador veterano que convida um novato para assumir o lugar dele. Foi essa a
impressão que passou para quem acompanhou os trabalhos pela internet. Em um
momento da Comunicação a Casa ( palavra livre ) o vereador rebate a crítica do
cidadão, no contrataque : “ então se candidate, venha aqui ser vereador”. O tom
da fala repercutiu e outros foram na mesma linha..
Fala infeliz
Ora, quando
um vereador rebate a critica ou cobrança de um munícipe com uma expressão
assim, em tom de desafio para que ele tome o seu lugar, a fala reverbera nos
ouvidos de quem acompanha a sessão e recebe as mais diversas interpretações.
Arrogância ou cansaço?
Seria como
se a pessoa estivesse num restaurante e ao reclamar da comida que ele paga e ouvir : “então faça você ´. Ou então , fica
a impressão de que o vereador está a posar de gostosão , o intocável , tipo que
ninguém chega onde ele chegou.. Muito feio isso, a nosso entender. Agora, o vereador pode
, ele é livre. Se quiser, pode continuar como faz Marcelo de Souza ao se
referir aos críticos. É o conteúdo dele, o repertório que ele tem , é legítimo
, eleito e em pleno exercício do mandato que o povo lhe conferiu
Um jeito natural de falar
Temos
casos registrados na história do Legislativo de Paulínia bem assim.. Esse discurso no estilo
desafiador era muito usado por Francisco
Bonavita, que com muita maestria e presteza cumpriu cinco mandatos, foi
presidente da Câmara e se tornou vice- prefeito. Do grupo de Bonavita, saíram
dois vereadores, auxiliares diretos nos mandatos: Zé Coco e Fábio Valadão. Hoje
politicamente vive cada um em um grupo diferente e nenhum deles é aliado de
Bona.
A lenda, o peixe e sua boca
Outro que vira e mexe usa esse tom de
discurso, é Marquinhos da Fiorella, já no quarto mandato em vias de pendurar a
chuteira na política. Seu ex- assessor e colaborador de mandato é o vereador
Manoel Filhos da Fruta, que vira e mexe , usa o mesmo discurso desafiador como quem bate no peito para rebater criticas
ao dizer: “ se candidate, venha aqui ver como é.. Filhos da Fruta foi eleito
pelo PCdoB e tenta a reeleição , agora pelo SD, uma outra legenda da base aliada do prefeito
Du Cazellato.
Comunicação sem violência
As
coisas mudam e com o tempo, as formas de
expressão devem ser adequadas. Antes da transmissão de sessões pela Internet,
muita coisa passava. Agora com a
Pandemia do Covid 19, a comunicação eletrônica se torna necessárias e requer
cuidados. Nessa Quarentena, a gente passou a assistir sessões online e estamos
mais atentos. O vereador parece se esquecer de que pelas redes, ele entra nas
casas nas quais ele pede voto. Na última Sessão, o líder de Governo, Fábio
Valadão se dirigiu ao colega José Soares, com um discurso de total
desconformidade com a postura que se espera de um advogado de formação, com
princípios espiritualistas confesso e criado o seio de boa família.
Fala do líder
Aqui, a gente se poupa de analisar a fala do
vereador Valadão como um desespero para defender um Governo que faz o dever de
casa de forma incompleta ou outro motivo . Sem a intenção de julgar, afinal,
quem somos nós para compreender a alma e o coração dele com o seu jeito bravinho, né ?
Talvez ele
esteja estressado por outros motivos, só ele sabe.
O governo
O que a
gente sabe pelas evidências, é que o prefeito Du Cazellato, de quem o vereador
se faz porta voz, mal consegue
administrar e dar respostas para as demandas espontâneas, há! há! há!.. Na
última quinta- feira, dia 2, Valadão participou de uma livre de uma jornalista
e se portou com mais serenidade. Estava mais tranquilo.
Situação da cidade
Conforme
ouvimos pela internet, o tom da fala do vereador é pesado. Portanto cabe ao cidadão ouvinte interpretar conforme a fala de Valadão chega aos ouvidos
dele-, se a situação do governo de Du Cazellato, é grave ou aguda independente
do quadro que o vereador pinta com seu palavrório.
Muito de boa
De nossa
parte, é muito tranquilo esse posicionamento. A gente entende o cenário que ora
descortina a nossa frente com quadros de incerteza. No momento se faz
necessário conter os ânimos, principalmente por parte das pessoas que exercem
autoridade, elas também são pessoas, compreendemos. Aliado a isso, tem as
tarefas e providências de um ano eleitoral que exige de quem está num cargo
público as justificativas a que veio e
abre um portal de possibilidades para aqueles que estão de fora do poder e
almejam o posto. Já sentimos a temperatura. Desde já percebemos a densidade e o
valor do mercúrio que corre nos termômetros que medem tudo nessa fase. É ouro
puro, dinheiro acima de vidas. Quando escrevíamos essa coluna Bastidores, a
cidade de Paulina contabilizava 887 casos de Covid 19 e um dia anterior era
826. Já foram registradas 14 mortes.
Muitos servidores estão contaminados e muitos outros na linha de frente
trabalham em clima de tensão, são vidas. Tem preço?
Os novatos
Alguém teria
dúvidas que quanto mais se aproxima as eleições mais cresce a pressão sobre os
vereadores e o prefeito? As 15 cadeiras do Legislativo são cobiçadas e com
certeza dos 15 que lá estão nem todos irão continuar. Entre os que estão de
fora, tem aqueles que já sentiram o gostinho, como Mário Lacerda, Jurandir
Matos, Siméia Zanon, Odair Bordignon, talvez, Gustavo Yatecola e o ex- prefeito Dixon Carvalho que segundo seus
aliados poderá surpreender.
Novos fortalecidos
Só que entre
os novos tem gente estribada nos velhos, como é o caso do empresário Pedro
Bernardi, filho de Roberto Bernardi, o popular Careca, do setor imobiliário e
ligado á vida social. Por cinco mandatos,
Careca ajudou garantir a cadeira do sobrinho, o Marquinhos Bernardi, o
Marquinhos da Bola. Agora, ele calibra os pneus para colocar o filho na estrada
Para o Executivo, os novos disputam
O prefeito
Du Cazellato vai para a eleição numa disputa direta com Tuta Bosco( Cidadania)
que já disputou ou duas vezes e nunca ocupou um cargo público e Nani Moura (
MDB) que nunca ocupou o cargo e ficou em segundo lugar nas eleições
complementares quando Du foi eleito. Também está anunciada a candidatura de
Robert Paiva pela Rede. Os partidos de esquerda, PT , PSOL e PCdoB se
movimentam sem ainda anunciar candidaturas oficialmente.
Diferente das outras
Em função da
Pandemia, mantem- se a máxima de que cada eleição apresenta um fato novo. O
processo passou de outubro para novembro e as candidaturas mudam montam
diferentes estratégias. Em Cosmópolis, o atual prefeito, José Pivato enfrenta o ex- aliado Junior Felisbino ,
sendo que por fora, corre o empresário Rafael Pádua que segundo pesquisa se
beneficia por ter a menor rejeição entre os concorrentes.
Votação em 15 de novembro
A Câmara dos
Deputados aprovou nesta quarta-feira (1º) a proposta de emenda à Constituição
(PEC) que adia para novembro as eleições municipais deste ano em razão da
pandemia do novo corona vírus.
Pelo
calendário eleitoral, o primeiro turno estava marcado para 4 de outubro, e o
segundo, para 25 de outubro. A PEC adia o primeiro turno para 15 de novembro, e
o segundo, para 29 de novembro.
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