terça-feira, 7 de julho de 2020

Ao rebater crítica e cobrança, vereador de Paulínia desafia cidadão: " Ganhe a eleição e faça melhor


Em  discurso  inflamado, vereador joga  a toalha
A sessão ordinária e online da Câmara de Paulínia realizada na terça- feira dia 29 , foi marcada por sucessivos discursos que podem ser interpretados como desânimo do vereador veterano que convida um novato para assumir o lugar dele. Foi essa a impressão que passou para quem acompanhou os trabalhos pela internet. Em um momento da Comunicação a Casa ( palavra livre ) o vereador rebate a crítica do cidadão, no contrataque : “ então se candidate, venha aqui ser vereador”. O tom da fala repercutiu e outros foram na mesma linha..

Fala infeliz
Ora, quando um vereador rebate a critica ou cobrança de um munícipe com uma expressão assim, em tom de desafio para que ele tome o seu lugar, a fala reverbera nos ouvidos de quem acompanha a sessão e recebe as mais diversas interpretações.
Arrogância ou cansaço?
Seria como se a pessoa estivesse num restaurante e ao reclamar da comida que ele paga  e ouvir : “então faça você ´. Ou então , fica a impressão de que o vereador está a posar de gostosão , o intocável , tipo que ninguém chega onde ele chegou.. Muito feio  isso, a nosso entender. Agora, o vereador pode , ele é livre. Se quiser, pode continuar como faz Marcelo de Souza ao se referir aos críticos. É o conteúdo dele, o repertório que ele tem , é legítimo , eleito e em pleno exercício do mandato que o povo lhe conferiu
Um jeito natural de falar
  Temos casos registrados na história do Legislativo de Paulínia bem  assim.. Esse discurso no estilo desafiador  era muito usado por Francisco Bonavita, que com muita maestria e presteza cumpriu cinco mandatos, foi presidente da Câmara e se tornou vice- prefeito. Do grupo de Bonavita, saíram dois vereadores, auxiliares diretos nos mandatos: Zé Coco e Fábio Valadão. Hoje politicamente vive cada um em um grupo diferente e nenhum deles é aliado de Bona.
A lenda, o peixe e sua  boca
 Outro que vira e mexe usa esse tom de discurso, é Marquinhos da Fiorella, já no quarto mandato em vias de pendurar a chuteira na política. Seu ex- assessor e colaborador de mandato é o vereador Manoel Filhos da Fruta, que vira e mexe , usa o mesmo discurso desafiador  como quem bate no peito para rebater criticas ao dizer: “ se candidate, venha aqui ver como é.. Filhos da Fruta foi eleito pelo PCdoB e tenta a reeleição , agora pelo SD,  uma outra legenda da base aliada do prefeito Du Cazellato.
Comunicação sem violência
As coisas  mudam e com o tempo, as formas de expressão devem ser adequadas. Antes da transmissão de sessões pela Internet, muita coisa passava. Agora  com a Pandemia do Covid 19, a comunicação eletrônica se torna necessárias e requer cuidados. Nessa Quarentena, a gente passou a assistir sessões online e estamos mais atentos. O vereador parece se esquecer de que pelas redes, ele entra nas casas nas quais ele pede voto. Na última Sessão, o líder de Governo, Fábio Valadão se dirigiu ao colega José Soares, com um discurso de total desconformidade com a postura que se espera de um advogado de formação, com princípios espiritualistas confesso e criado o seio de boa família.
Fala do líder
 Aqui, a gente se poupa de analisar a fala do vereador Valadão como um desespero para defender um Governo que faz o dever de casa de forma incompleta ou outro motivo . Sem a intenção de julgar, afinal, quem somos nós para compreender a alma e o coração dele  com o seu jeito bravinho, né ?
Talvez ele esteja estressado por outros motivos, só ele sabe.
O governo
O que a gente sabe pelas evidências, é que o prefeito Du Cazellato, de quem o vereador se faz porta voz,  mal consegue administrar e dar respostas para as demandas espontâneas, há! há! há!.. Na última quinta- feira, dia 2, Valadão participou de uma livre de uma jornalista e se portou com mais serenidade. Estava mais tranquilo.
Situação da cidade
Conforme ouvimos pela internet, o tom da fala do vereador é pesado. Portanto  cabe ao cidadão ouvinte interpretar  conforme a fala de Valadão chega aos ouvidos dele-, se a situação do governo de Du Cazellato, é grave ou aguda independente do quadro que o vereador pinta com seu palavrório.
Muito de boa
De nossa parte, é muito tranquilo esse posicionamento. A gente entende o cenário que ora descortina a nossa frente com quadros de incerteza. No momento se faz necessário conter os ânimos, principalmente por parte das pessoas que exercem autoridade, elas também são pessoas, compreendemos. Aliado a isso, tem as tarefas e providências de um ano eleitoral que exige de quem está num cargo público as  justificativas a que veio e abre um portal de possibilidades para aqueles que estão de fora do poder e almejam o posto. Já sentimos a temperatura. Desde já percebemos a densidade e o valor do mercúrio que corre nos termômetros que medem tudo nessa fase. É ouro puro, dinheiro acima de vidas. Quando escrevíamos essa coluna Bastidores, a cidade de Paulina contabilizava 887 casos de Covid 19 e um dia anterior era 826.  Já foram registradas 14 mortes. Muitos servidores estão contaminados e muitos outros na linha de frente trabalham em clima de tensão, são vidas. Tem preço?
Os novatos
Alguém teria dúvidas que quanto mais se aproxima as eleições mais cresce a pressão sobre os vereadores e o prefeito? As 15 cadeiras do Legislativo são cobiçadas e com certeza dos 15 que lá estão nem todos irão continuar. Entre os que estão de fora, tem aqueles que já sentiram o gostinho, como Mário Lacerda, Jurandir Matos, Siméia Zanon, Odair Bordignon, talvez, Gustavo Yatecola e o  ex- prefeito Dixon Carvalho que segundo seus aliados poderá surpreender.
Novos fortalecidos
Só que entre os novos tem gente estribada nos velhos, como é o caso do empresário Pedro Bernardi, filho de Roberto Bernardi, o popular Careca, do setor imobiliário e ligado á vida social.  Por cinco mandatos, Careca ajudou garantir a cadeira do sobrinho, o Marquinhos Bernardi, o Marquinhos da Bola. Agora, ele calibra os pneus para colocar o filho na  estrada
Para o Executivo, os novos disputam   
O prefeito Du Cazellato vai para a eleição numa disputa direta com Tuta Bosco( Cidadania) que já disputou ou duas vezes e nunca ocupou um cargo público e Nani Moura ( MDB) que nunca ocupou o cargo e ficou em segundo lugar nas eleições complementares quando Du foi eleito. Também está anunciada a candidatura de Robert Paiva pela Rede. Os partidos de esquerda, PT , PSOL e PCdoB se movimentam sem ainda anunciar candidaturas oficialmente.
Diferente das outras
Em função da Pandemia, mantem- se a máxima de que cada eleição apresenta um fato novo. O processo passou de outubro para novembro e as candidaturas mudam montam diferentes estratégias. Em Cosmópolis, o atual prefeito, José Pivato  enfrenta o ex- aliado Junior Felisbino , sendo que por fora, corre o empresário Rafael Pádua que segundo pesquisa se beneficia por ter a menor rejeição entre os concorrentes.
Votação em  15 de novembro
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (1º) a proposta de emenda à Constituição (PEC) que adia para novembro as eleições municipais deste ano em razão da pandemia do novo corona vírus.
Pelo calendário eleitoral, o primeiro turno estava marcado para 4 de outubro, e o segundo, para 25 de outubro. A PEC adia o primeiro turno para 15 de novembro, e o segundo, para 29 de novembro.

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