Relacionamento
do governo com cidadãos: modelos de atendimento ao público e de Ouvidorias.
Introdução
O
relacionamento do governo com os cidadão pode ocorrerde diversas formas. O
mundo da política, das eleições e até mesmo da legislação eleitoral, de certa
forma, já estabelecem mecanismos de comunicação e relacionamento. No processo
eleitoral há a necessidade de comunicação com a sociedade que ocorre por meio
da apresentação de programas de governo com propostas de administração e
projetos de políticas públicas entre outros; muito dos quais estabelecidos na
legislação eleitoral. Assim, uma proposta de governo, poderá ser cobrada após
as eleições e o governante deverá comunicar-se com a sociedade para explicar,“as
quantas andam”suas propostas ou projetos. O governante deve estabelecer
mecanismos de relacionamento que podem ser dos mais tradicionais:por meio da Câmara
Municipal e da liderança de governo, no atendimento aos cidadãos na própria
sede, em reuniões comunitárias entre outros. Porém podem ocorrer por mecanismos
mais democráticos e representativos como: orçamento participativo, conselhos
municipais, ouvidorias entre outros. Neste processo devemos observar como o
governo pode ser mais eletrônico, “e-gov” e, portanto mais acessível e
participativo.
Políticas Públicas e
relacionamento com os cidadãos.
Devemos
observar que há vários mecanismos de aproximação e relacionamento entre os
governos e os cidadãos. Dentre estes modelos alguns se estabelecem por meio da
participação mais ativa da sociedade como o orçamento participativo, os
conselhos municipais de saúde, segurança, entre outros mais antigos ou outros
mais jovens como do negro, cultura e outros protagonizados pelas Conferências Nacionais
de Políticas Públicas. Há, portanto, vários mecanismos que garantem a participação
da sociedade, porém há ainda a necessidade de maior envolvimento e da criação
de novos procedimentos. A administração pública tem que se abrir, porém há
resistências, seja em razão da problemática inerente ao modelo burocrático
legal, ou ainda, de uma cultura política, da obediência e do mando, que ainda
prevalece e não permite uma oxigenação democrática nos órgãos da Administração
Pública.
Já foi possível constatar que há uma crise paradigmática dos modelos de
universalidade, e ademais, do próprio modelo de Estado e da Administração
Pública. Assim, há a criação de modelos que podem estar vinculados, dentro da
Teoria Crítica, ao conhecimento emancipação ou ao conhecimento regulação, mesmo
que os limites e aproximações entre um e outro sejam tênues.
Dentre os autores da Teoria Critica há o pensamento de Jürgen Habermas,
que podemos considerar, ser o que melhor se ajusta as análises que envolvem a
comunicação e o relacionamento com a sociedade, pois suas apreciações, desde a
fundação da Escola de Frankfurt, recaiam preferencialmente para a questão da
Democracia, da Cidadania, do fenômeno da Comunicação de Massas, da Indústria Cultural
entre outros temas correlatos.
Fonte : Professor Doutor Antônio da Costa Fernandes, da Fundação Escola de Sociologia Política de São Paulo- Curso de Especialização em Políticas Públicas
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