Por Miguel Samuel de Araújo
PV X Pavan
O movimento reivindicatório dos servidores municipais de Paulínia, expõe de forma sutil uma disputa politica entre pessoas do comando do Sindicato , filiadas ao Partido Verde e o prefeito José Pavan Júnior do DEM, o que não seria de se estranhar. Historicamente , o movimento sindical é marcado pela disputa de poder. Foi assim no Brasil dos tempos de Getúlio Vargas nas décadas de 30 e 40, depois nas décadas de 60 e 70, a ditadura militar sufocou o movimento , matando e prendendo lideranças . Só os pelegos que faziam jogo de patrões se curvando aos milicos.
Conjuntura política
Já no final dos anos 70, mais precisamente nas décadas seguintes, (80 e 90)-, o sindicalismo se fortalece e reacende a tocha na figura de Luiz Inácio que em 2002 se torna o Presidente da República. Essa é a história. Os trabalhadores representam a mão – de obra , a força produtiva que move a economia de acordo com a correlação de força posta para a sociedade em cada momento.
Democracia

O período Luis Inácio , inaugura uma nova etapa de abertura da sociedade que vai se expandindo, com novos mecanismos de participação, como o projeto do deputado estadual Antônio Mentor que cria o Conselho Estadual de Comunicação Social. No dia 8 de dezembro haverá audiência pública sobre o tema na Assembléia Legislativa de São Paulo
Sendo assim, um fato normal
Não há como negar que nas eleições de 2008, da parte do Sindicato dos Servidores, Eudinei Cabral, presidente; Reginaldo Lopes, tesoureiro e o advogado do Sindicato Jamir Menalli, este presidente do PV -, foram articuladores da campanha do médico Marcos Teixeira para prefeito pela legenda dos Verdes.
Peso político
Embora a votação tenha sido bem menor do que era esperado , não tem como esconder que os votos do DR Marcos foram decisivos para a vitória de Pavan que ganhou de Dixon Carvalho por uma pequena diferença de votos. Nos meios, fala-se abertamente que Cabral , Lopes e principalmente Menalli como presidente, tiveram influência na decisão do PV/ Paulinia para que este não se coligasse com o PT, que teve como candidato Dixon Carvalho.
As relações
O que precisa ser compreendido que a relação entre patrão e empregado no mundo capitalista , não pode ser da mesma maneira que se relacionam servidor e gestor público. Nos dias atuais, dentro do serviço público , o relacionamento tem que ser democrático e respeitoso porque o gestor no caso, o prefeito-. não pode ser visto como um patrão que aufere lucro, mas alguém que administra para todos. Logo tanto o prefeito como os servidores, estão a serviço do povo por um período determinado. Portanto, não há no mundo moderno espaço para prefeito autoritário e muito menos para sindicalista porra louca. Que é preciso aprimorar o sistema, todos nós sabemos, mas temos que levar em conta as questões da execução orçamentária e as questões jurídicas.
Peso político II
O que está escrito aqui, pode ser contestado. Para tanto, basta escrever para a coluna. . A verdade é que a central de boatos dispara suas considerações , concluindo que no fundo, mas bem lá no fundo mesmo, os Verdes, liderados por Menalli, estão descontentes com o prefeito Júnior Pavan que não colocou gente do PV na administração, embora os números mostram que matematicamente falando, o PV impôs a derrota a Dixon , abrindo o caminho de Pavan, num processo que teria sido muito bem articulado por gente do ex- prefeito Edson Moura, na época aliado de Pavan e lider da campanha.
Fumaça e fogo
Embora, não possa afirmar categoricamente que o movimento grevista, liderado por Cabral e Menalli, tenha sido cobrança de fatura, não tem como esconder que o Programa do Eduardinho da Rádio, uma espécie de porta voz dos Moura , deu cobertura total , com apoio amplo e irrestrito para toda a movimentação. Ele abriu os microfones para quem quisesse se manifestar a favor. È possível que tudo também seja conjectura, mas se sobrasse uma chance, com certeza alguém ia pegar carona na onda do movimento para cobrar aquela feijoada que custou caro que e não foi combinado quem tinha que pagar
Sinal da antena
A participação da vice –prefeita Simone Moura e a presença do ex- vereador Emerson Gordura , legitimas crias políticas de Moura, com DNA e feição-, no Programa do Eduardinho , dando apoio aos servidores, sinaliza para as considerações dos que acompanham de perto tudo o que rola na política de bastidores. Fosse então Edson Moura, o prefeito, esses passariam longe da rádio e até usariam protetor auricular para não ouvir o barulho, há !, há ! , hà !...
È o vento que balança a folha.
Na verdade, o pleito dos trabalhadores tem legitimidade , são eles que ás vezes matam um leão por dia para atender o povo. Por isso, os que trabalham com seriedade estão o direito. È verdade também o que diz Eduardinho da Rádio -, que o seu Programa presta um serviço á sociedade ao informar o que acontece. Sob o ponto de vista dele , é claro. Nós oferecemos aqui, algumas considerações para que leitores esclarecidos formem opinião sobre fatos, ao contrário do que fazem os tontos que preferem brigar com a gente do que refletir sobre as coisas. Ainda tem esse tipo. Eu pago o preço por escrever para a minoria que pensa . A gente toma porrada e dá risada , há !, há !, há! , há !...
È o vento que balança a folha II
No embalo da tempestade que se arma, vereador agarra na folha da bananeira e vai no barulho sem ver o buraco onde estão se metendo. Como pode alguém que tem muitos cargos de comissão ( de CC1 a CC ¨6) , na Prefeitura querer discutir o tamanho da folha de pagamento. Só os cargos deles lota o plenário da Câmara. Agora imagine se o prefeito enxugar a folha para melhorar para os servidores de carreira , o que acontece
È o forró do arriba saia
È como um movimento de quadril que vai mostrando tudo , as curvas e balançando as pelanquinhas, tudo de forma muito sutil. A fala de Francisco Bonavita na última sessão, já colocou os corneteiros de bastidores de olho nos cargos nomeados por Pavan, todos indicados por ele. Se o atual prefeito seguir a linha do antecessor, cabeças podem rolar
No passado
A espinagrafada de Bonavita na administração Pavan e a presença em massa dos serviodores na Câmara, Reforça a tese de que estamos no caminho da democracia nas relações . Em outros tempos , o vereador era capaz de sair na mão com os grevistas, como aconteceu uma vez entre Bonavita e Vonei Amorim, tudo para defender o prefeito. Isso é fato que precisamos lembrar
Dois senhores
A exemplo de Bonavita, Siméia Zanon , está em saia justa por causa de laços com o passado. Eles vivem com o coração e mente no divisor de águas entre o Palácio Cidade Feliz e a mansão do Taquaral em Campinas. Lá funciona uma espécie de Vaticano, de onde vira e mexe o Papa do Ibrafem sai na janela para ditar suas bulas. De lá, tudo é movido pelo poder da fé mesmo, money que é good não have, mesmo certo ? È assim o inglês do pontífice. Agora , do Palácio Cidade Feliz , emana o poder da caneta do prefeito gordinho
Mãe de quem né ?
Interessante para o momento em que estamos vivendo a observação de um servidor que se apresenta numa carta aberta como Rogério Douglas de Sousa. Para justificar sua tese, ele busca no Evangelho de João 8, capitulo 44 que diz “ Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai: ele foi homicida desde o princípio, e não há verdade nele; quando ele profere mentira fala do que lhe é próprio porque é mentiroso, é pai da mentira “... Ora , se o diabo é o pai da mentira, quem é a mãe, né ?